Instituto Butantã inicia fase de testes da vacina contra dengue em todo país

 Instituto Butantã inicia fase de testes da vacina contra dengue em todo país

A ultima fase da vacina contra a dengue já foi inciada. A distribuição já teve início, embora sua eficacia ainda não tenha sido comprovada. Para a comprovação, no total de voluntários, dois terços receberão a vacina e um terço receberá placebo, que é uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito. Os médicos e enfermeiros não sabem quem está recebendo ou não o placebo. O objetivo é observar se quem tomou o placebo contraiu a doença, e quem tomou a vacina ficou protegido.

A ultima fase envolve 17 mil pessoas e 13 cidades brasileiras onde serão feitas os testes. Segundo Jorge Kalil. diretor do Instituto Butantã, São José do Rio Preto é a única cidade sem ser uma capital que participará desta etapa. “É o único centro que não está em uma capital. [São José do] Rio Preto tem uma medicina de muito boa qualidade e está em uma região onde é muito forte a dengue. Então, é  lugar bom para a gente testar [a vacina]”, disse Kalil, em entrevista à Agência Brasil.

“Essa última etapa significa que, nos 14 centros, vamos vacinar 17 mil pessoas em três faixas etárias. Vamos começar pelos adultos, depois os adolescentes e, em seguida, as crianças. Vamos dar a vacina em um estudo chamado de duplo cego aleatório, ou seja, nem a pessoa que administra nem a que recebe sabe se está tomando a vacina ou o placebo. Vamos ver os casos que vão ocorrer naturalmente de dengue. Há um comitê de observação que sabe quem recebeu uma coisa ou outra [placebo ou vacina], e que vai observar, por cálculos estatísticos, para mostrar se a vacina protege e em que percentual. Esperamos que proteja entre 80% e 90%”, acrescentou Kalil.

Ainda segundo ele, a ultima etapa pode durar um ano.  O instituto estima que a vacina esteja disponível até 2018. “Essa vacina é importante para o mundo todo. Há 3 bilhões de pessoas no mundo que têm risco de contrair a dengue e existem no Brasil, por ano, mais de 3 milhões de casos da doença, com mortalidade relativamente elevada”, acrescentou o diretor do instituto.

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