Itamaraty se isenta de custear traslado do corpo de Juliana Marins, brasileira morta na Indonésia

O Ministério das Relações Exteriores informou nesta quarta-feira (25) que não arcará com os custos para o traslado do corpo de Juliana Marins, brasileira de 24 anos que morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A jovem caiu de um penhasco após escorregar em uma área de difícil acesso e foi encontrada sem vida após mais de quatro dias de buscas.
Segundo o Itamaraty, a legislação brasileira não permite o uso de recursos públicos para cobrir despesas com sepultamento ou repatriação de brasileiros falecidos no exterior. A orientação segue o decreto nº 9.199/2017, que limita a atuação consular a apoio logístico e institucional, como comunicação com autoridades locais e emissão de documentos.
Apesar de ter prestado assistência à família desde o início das buscas, por meio da embaixada em Jacarta, o governo federal reiterou que os custos para o retorno do corpo ao Brasil deverão ser assumidos pelos familiares ou por meio de outras iniciativas, como seguro viagem ou campanhas de arrecadação.
A morte de Juliana comoveu o país e gerou críticas nas redes sociais e entre parlamentares, que questionaram a ausência de apoio financeiro do Estado em casos como este. A família da jovem agora busca alternativas para viabilizar o traslado, enquanto recebe apoio e solidariedade de brasileiros sensibilizados com a tragédia.