Ivana destaca riqueza hídrica nos 147 anos de Riacho de Santana
A presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputada Ivana Bastos, celebrou os 147 anos de emancipação política de Riacho de Santana, comemorados em 13 de agosto, com uma moção de congratulações apresentada na Casa. No documento, ela destacou que o município é detentor de “uma das maiores riquezas hídricas do Estado, reafirmando a condição da água como patrimônio comum da humanidade”.
Segundo Ivana Bastos, Riacho de Santana possui mais de 70 nascentes, “todas absolutamente catalogadas”, responsáveis pela formação de vários rios — entre eles, o Santana e o Boqueirão, que têm origem na Serra Geral. “Com hidrografia tão generosa, Riacho de Santana dispõe também de cerca de 30 cachoeiras, algumas chegando a até 80 metros de queda d’água”, ressaltou ela, observando que, “para ampliar a abundância hídrica”, a cidade ainda é banhada pela Bacia Hidrográfica do São Francisco.
De caráter imaterial, acrescentou Ivana no documento, “o município também tem muito a se orgulhar da virtuose de filhos ilustres”, especialmente no campo da arte e da cultura, com destaque para a música popular brasileira.
A presidente da ALBA lembrou que a música é um elemento que “toca forte na história de Riacho de Santana” e citou nomes como Godofredo Guedes, pai do cantor e compositor mineiro Beto Guedes. No campo político, mencionou o médico Antônio Pereira da Silva Moacyr, que foi presidente da Bolsa de Valores e do Instituto do Cacau da Bahia, deputado federal por dois mandatos e senador da República.
Primeiros habitantes
Comprovando que “a música está na origem de Riacho de Santana”, a deputada contou que os índios Canindés, primeiros habitantes da região, já a apreciavam em seus rituais. Ao narrar a evolução do município, ela destacou que, entre os séculos XVII e XVIII, minas de ouro, prata e grandes reservas de salitre foram descobertas na área, atraindo bandeirantes e europeus, o que transformou o perfil social local.
Por volta de 1758, acrescentou ela, teve início a formação do arraial de Riacho de Santana e surgiram as primeiras plantações de milho, feijão e arroz. “Mas foi a cultura do algodão que se tornou destaque estadual e responsável pelo grande salto de qualidade econômica do município por mais de 200 anos, entre os séculos XVII e XX”, acrescentou.
Em 1861, o arraial foi elevado à categoria de freguesia, com a criação da Paróquia Nossa Senhora da Glória, atual padroeira do município. “O grande sonho da população foi alcançado 17 anos depois, em 13 de agosto de 1878, data que marca a criação do município”, completou a parlamentar.
