Jaques Wagner defende 2 de Julho como marco nacional da independência e democracia

Durante o tradicional cortejo do 2 de Julho, nesta quarta-feira (2), o senador Jaques Wagner (PT) defendeu a elevação da data à condição de celebração nacional. Para ele, o Dia da Independência da Bahia não deve ser visto apenas como um evento regional, mas como um marco fundamental na consolidação da soberania e da democracia brasileira. A proposta, já encaminhada pelo presidente Lula ao Congresso Nacional, visa reconhecer oficialmente a importância histórica da expulsão das tropas portuguesas do território brasileiro em 1823.

Wagner destacou que o 2 de Julho representa a continuidade da luta pela independência iniciada em 7 de Setembro, mas com um diferencial importante: a participação ativa do povo, a resistência armada e o protagonismo regional. Segundo o senador, não há conflito entre as duas datas, e sim um complemento necessário para compreender o processo de emancipação do país. “A Independência não foi só um ato político, foi também uma batalha popular e regional. E essa luta aconteceu aqui, na Bahia, mas em nome de todo o Brasil”, pontuou.

Ainda segundo o parlamentar, a proposta de tornar o 2 de Julho uma data nacional tem o objetivo de corrigir uma lacuna na memória oficial do país, valorizando os verdadeiros heróis da independência. “É uma data baiana, sim, porque foi aqui que aconteceu, mas é também brasileira, porque sem a resistência do povo baiano, os portugueses poderiam ter retomado o Brasil como colônia. Os heróis da Bahia expressaram a vontade do povo brasileiro”, concluiu Wagner.