Jerônimo sobre relação com Zé Ronaldo: “Em 2022 ele não me apoiou, em 2024 eu não o apoiei. Está zero a zero”

 Jerônimo sobre relação com Zé Ronaldo: “Em 2022 ele não me apoiou, em 2024 eu não o apoiei. Está zero a zero”

Durante entrevista concedida nesta sexta-feira (2) a um pool de rádios em América Dourada, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), comentou pela primeira vez, de forma direta, a aproximação política com o ex-prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo (União Brasil), histórico opositor do PT. A fala ocorre após os dois dividirem o palco na abertura da Micareta de Feira, na quinta-feira (1º).

Jerônimo relatou que esteve com Zé Ronaldo na entrega simbólica da chave da cidade ao Rei Momo e, posteriormente, no camarote do prefeito durante a passagem do cantor Bell Marques. “Ele me ligou e me convidou: ‘vamos entregar juntos a chave da cidade’. Aceitei o convite e fui. Estávamos lá, eu, Zé Ronaldo e Zé Neto. Dois Zés, um de cada lado”, disse o governador.

Questionado sobre os bastidores da aproximação, Jerônimo demonstrou maturidade política: “Zé Ronaldo não votou em mim em 2022, e eu não o apoiei em 2024. Está zero a zero. A gente precisa olhar para frente. Eu não governo para quem votou em mim, eu governo para todo o povo da Bahia”.

O governador reforçou que mantém diálogo com todos os prefeitos e prefeitas, independentemente de alinhamento político: “Quando eu recebo um prefeito que não me apoiou, eu não trato de eleição. Trato de escola, de estrada, de saúde, de água. A vontade do povo nas urnas deve ser respeitada”, afirmou.

Jerônimo ainda defendeu o conceito de “civilidade política” ao lembrar das reações distintas entre apoiadores durante o encontro público com Zé Ronaldo: “Alguns torciam, outros diziam para não encostar. É natural. Mas o mais importante é o gesto de maturidade e respeito institucional”.

Por fim, o governador destacou a necessidade de união para resolver os problemas de Feira de Santana, citando a ausência de um hospital municipal: “Feira tem 600 mil habitantes e não tem hospital próprio. A população sobrecarrega o Clériston Andrade. Se houvesse um hospital municipal, desafogaríamos o sistema”.

Jerônimo encerrou a fala deixando em aberto uma possível aliança com Zé Ronaldo no futuro: “Se você me perguntar se eu desejo que ele caminhe comigo, é claro que sim. Mas no tempo certo vamos conversar. Agora, o que importa é trabalhar pelos municípios e pelo povo”.

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