Juíza ordena prisão de Ronaldinho Gaúcho por tempo indeterminado
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Segundo o Ministério Público paraguaio, Ronaldinho e seu irmão entraram na quarta (4) no país portando passaportes e cédulas de identidade paraguaios falsos. Os números dos documentos apreendidos pertencem a outras pessoas, que estão detidas.
Ainda não se sabe o motivo que levou Ronaldinho e seu irmão a usarem os documentos falsos, em vez de seus passaportes brasileiros, para entrar no país. Eles também poderiam ter utilizado apenas o RG do Brasil.
A defesa de Ronaldinho e de Assis aponta o empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira como responsável por entregar a eles os passaportes falsificados. Ele está em prisão preventiva.
Duas mulheres, María Isabel Galloso e Esperanza Apolônia Caballero, donas das cédulas de identidade usadas para a adulteração, foram denunciadas e estão em prisão domiciliar.
Na quinta (5), o Ministério Público paraguaio havia decidido não acusar o ex-atleta e seu irmãos pelo uso dos documentos, alegando que eles foram “enganados em sua boa-fé”. A punição seria feita apenas com multa ou prestação de serviço comunitário.
Na sexta, uma reviravolta aconteceu depois da audiência com o juiz Mirko Valinotti. Ele decidiu que o caso deveria ser remetido para a procuradora-geral do Estado, Sandra Quiñónez, que deve revisar a decisão inicial da Promotoria em até dez dias.
Poucas horas depois da audiência, ainda na noite de sexta, os irmãos foram provisoriamente detidos enquanto estavam no hotel Sheraton.
A detenção preventiva no Paraguai é utilizada quando se acredita na existência do risco de fuga da pessoa investigada, e pode durar até 48 horas —prazo máximo para que o detido seja submetido a um juiz ou que a detenção seja revogada. Também foi pedida a prisão preventiva dos dois, medida que precisa de autorização judicial.
Ronaldinho passou a noite numa cela com seu irmão, um ex-deputado e o ex-presidente da Associação Paraguaia de Futebol, Ramón González.
Na manhã de sábado (7), o ex-atleta e Assis deixaram o local da detenção para comparecerem a uma audiência no Palácio da Justiça, com a juíza Clara Ruiz Diaz, e chegaram algemados.
Depois da audiência, o promotor Osmar Legal disse que a Procuradoria-Geral pediu a ratificação da decisão de manter Ronaldinho e seu irmão detidos no Paraguai alegando o risco de fuga, porque eles teriam recursos econômicos suficientes para deixar o país.