Justiça concede liberdade a homem que se passou por Chay Suede

 Justiça concede liberdade a homem que se passou por Chay Suede

O homem que foi preso suspeito de usar os dados do ator Chay Suede para abrir uma conta bancária e cometer fraude, teve a liberdade provisória concedida mediante pagamento de fiança. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (14) após audiência de custódia.

Para poder responder o processo em liberdade, o lavador de carros Alealdo Saraiva Silva, de 38 anos, deve pagar a fiança de dois salários mínimos, além de comparecer em juízo a cada dois meses. Ele ainda deve passar por recolhimento domiciliar noturno, das 22h às 6h, inclusive finais de semana e feriados, e está proibido de frequentar qualquer instituição financeira da rede BRB Banco Brasilia SA de Salvador. Ele irá utilizar uma tornozeleira eletrônica.

Segundo a defesa do suspeito, ele não sabia que praticava o crime contra o artista. “Alealdo afirma que foi abordado no Vale do Ogunjá, onde pratica as suas atividades laborais, por um rapaz chamado Alan, que ofereceu vantagens econômicas para que ele fosse na agência bancária fazer o desbloqueio do telefone celular para que esse Alan pudesse fazer as atividades bancárias”, disse o advogado Dalton Monteiro, em entrevista à TV Bahia.

“Por passar por necessidades, ter filho menor, ele acabou aceitando e se sujeitou a essa demanda. Ele sabia que praticava um ato ilegal, mas não sabia que estava praticando um ato contra um artista bastante conhecido”

De acordo com a Polícia Civil, antes da conta ser bloqueada, foi realizada uma transferência Pix de R$ 1 mil com limite do cheque especial. Depois disso, contudo, o aplicativo bloqueou a conta e o suspeito foi até uma agência do Banco Regional de Brasília (BRB) na Avenida Tancredo Neves, no Caminho das Árvores, para tentar liberar o uso do app.

No local, contudo, funcionários desconfiaram porque a foto enviada para o cadastro, do ator Chay Suede, era muito diferente do homem que se apresentou. Ele portava um RG com o nome de batismo de Chay, mas outra foto.

Os funcionários do banco acionaram a Polícia Militar e equipes da 35ª Companhia Independente (CIPM) prenderam o suspeito.

A delegada Marita Souza, da 16ª Delegacia (Pituba), explicou porque os bandidos podem ter visado Chay no golpe. “Eles escolhem a pessoa aleatoriamente. Claro, sendo uma pessoa conhecida, eles vão escolher por conta de que vai conseguir um limite mais alto, e de fato conseguiram, tanto no cheque especial como no cartão. Chegou a fazer transferência de R$ 1 mil, mas o próprio banco desconfiou devido a tantas solicitações da mesma conta”, disse ela à TV Bahia.

Alealdo Saraiva Silva teria conseguido limite de quase R$200 mil no cartão de crédito, além de R$ 25 mil no crédito especial.

Agora, a polícia também investiga outros envolvidos. “Ele (aleado) alega que o responsável pela confecção do documento falso é outra pessoa. Levantamos o nome desse segundo indivíduo e estamos investigando para conseguir alcança-lo. Ele (o preso) ficaria responsável por ir na agência e fazer essa movimentação, desbloquear”, conta.

A polícia também apura se conta que recebeu o Pix de R$ 1 mil foi aberta com dados falsos e a quem pode pertencer.

 

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