LAMENTÁVEL: Professores bem pagos deixam estudantes sem aula em Lauro de Freitas
A Prefeitura de Lauro de Freitas reiterou seu compromisso com a valorização dos profissionais da educação, destacando que mantém diálogo aberto e constante com a categoria. Mesmo diante de um cenário financeiro severamente comprometido — com mais de 58% da Receita Corrente Líquida comprometida com folha de pessoal — o município tem buscado garantir reajustes dentro do que a legislação permite.
Atualmente, os professores da rede municipal já recebem valores que superam significativamente o piso nacional. Um profissional com nível superior e jornada de 40 horas semanais, por exemplo, recebe R$ 6.962,37 — 43% acima do piso. Há casos de docentes com 15 anos de carreira que chegam a salários entre R$ 14 mil e R$ 30 mil, patamares semelhantes ao de professores doutores em universidades federais.
Mesmo com essa realidade salarial favorável e diante de uma grave crise fiscal herdada da gestão anterior, os professores têm reagido negativamente à proposta de reajuste de 2%, ignorando o esforço da prefeitura para manter o equilíbrio das contas públicas. A atual administração já teve de assumir pesadas dívidas previdenciárias e saldar débitos deixados, que ultrapassam os R$ 100 milhões.
A gestão também precisou suspender a gratificação por dedicação exclusiva, paga a apenas 13 servidores, por não se justificar em meio à contratação de 269 novos professores efetivos via concurso. A medida, que gerava um custo de mais de R$ 1,1 milhão por ano, foi considerada necessária para garantir a responsabilidade fiscal e proteger os serviços públicos essenciais.
Apesar das críticas da categoria, a Prefeitura reforça seu compromisso com a educação de qualidade e com a valorização dos servidores — mas dentro dos limites legais e sem comprometer a saúde financeira do município.
