Lauro de Freitas é referência no controle do tracoma
Uma doença silenciosa, comum de ser encontrada, e que pode provocar até a perda da visão. Assim é o tracoma, infecção causada pela bactéria Clamydia tracomatis. Em Lauro de Freitas, no primeiro semestre de 2019, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesa) registrou 390 casos da doença que atinge principalmente crianças. “A proposta da gestão é diagnosticar precocemente a doença, fazer o tratamento correto, evitando problemas maiores e ofertando qualidade de vida à população”, ressalta o coordenador da Vigilância Epidemiológica da Sesa, Daniel Assis.
O coordenador explica que o ciclo de controle da doença inicia com o trabalho continuado de visitas de agentes de combate as endemias nas unidades escolares e residências para detectar o tracoma. “Os agentes visitam as unidades, e de casa em casa realizam a triagem nas crianças de 0 a 10 anos, conforme orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS). O mesmo ocorre nas escolas. Somente no primeiro semestre deste ano, a equipe já visitou quase duas mil residências”, afirmou o coordenador.
O teste inicial é bem rápido e indolor. Em menos de cinco minutos o agente, treinado para isso, abaixa a pálpebra inferior e vira a superior para visualmente constatar qualquer alteração da textura da pele. “Após a realização deste procedimento, os indivíduos com suspeita da doença são encaminhados para uma consulta com médico oftalmologista que após o exame clínico, dá o diagnóstico. Caso positivo, o paciente será tratado com medicamentos prescritos e fornecidos pela Vigilância Epidemiológica Municipal”, explicou Assis.
Transmissão
O tracoma é transmitido em contato direto de pessoa para pessoa, ou indireto por meio de objetos contaminados (toalhas, lenços, fronhas etc). As moscas podem contribuir para a disseminação da doença, por transmissão mecânica. A transmissão só é possível na presença de lesões ativas.
Prevenção
A prevenção do tracoma pode ser realizada com a adoção de hábitos adequados de higiene, como lavagem do rosto das crianças com frequência e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal como lenços, roupas e toalhas, entre outros.
Jornalista Giovanna Reyner
Foto Silva Júnior
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