Lauro de Freitas mantém estado de alerta. Previsão é de mais chuva
A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, fez um apelo à população que reside em pontos de críticos de alagamento ou nas áreas de risco de deslizamento que, em caso de necessidade, busque refúgio nos abrigos montados em escolas e igrejas nos bairros atingidos. De acordo com o site de meteorologia Climatempo, a previsão para esta terça-feira (14) é de chuva a qualquer horário do dia em todo o município. Para as próximas 24 horas estão previstos 22 milímetros de temporal.
Desde a última sexta-feira (11), foram providenciados abrigos nos bairros do Caji, Chafariz, Portão e Lagoa da Base. Nesta segunda-feira (13), apenas o do Caji ainda está em funcionamento. “Nós atendemos nestes abrigos mais de 300 pessoas, mas por conta da melhora do tempo as pessoas preferiram retornar as suas casas. Caso haja necessidade as equipes estão de plantão para receber a população novamente”, explicou a prefeita enquanto percorria as ruas do Caji e em seguida Boca da Mata, em Portão. Em cada abrigo as famílias recebem apoio médico, vacinação, medicamentos, kits de alimentação e limpeza.
Mais de 300 metros de lona já foram distribuídos pela Defesa Civil (DC) para a cobertura das encostas e lajes. Segundo o coordenador da DC, Edenilton Félix, as áreas atingidas com maior intensidade foram as próxima aos Rios Ipitanga, Picuaia, Garapa, Joanes, Jaíba, Sapato e casas na região do Canal dos Irmãos. “A situação no momento é estável, porém de alerta caso o temporal retorne. As pessoas devem se deslocar dessas áreas e preservar a vida”, frisou.
Em alguns lugares as águas atingiram dois metros de altura. “Nós retiramos muita coisa, tentando salvar tudo que podíamos, em seguida íamos ajudar os vizinhos”, contou Eriberto Almeida, morador do Caji. Ao seu lado, dona Maria de Lourdes, de 82 anos, disse que nunca viu uma enchente como essa. “Moro aqui há mais de 30 anos e nunca presenciei algo parecido”, contou.
Nas áreas afetadas a Prefeitura continua realizando a limpeza das ruas e desobstrução dos canais. Ainda de acordo com Félix, o lixo é um dos grandes problemas que contribuem para a formação de alagamentos na cidade. “Infelizmente, uma parte da população não colabora e acaba jogando lixo nas ruas e canais. Mesmo com o trabalho permanente das nossas equipes, esse lixo acaba acumulando nas galerias, o que prejudica o escoamento da água das chuvas, contribuindo para os alagamentos. É muito importante que a população faça o descarte adequando do lixo para evitar esse transtorno que atinge a todos”, alertou.
Jornalista Giovanna Reyner
Fotos Lucas Lins
ASCOM/PMLF
13/05/2019
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