Lauro de Freitas promove ações do “Julho das Negras” com foco na valorização da mulher negra

Com objetivo de referenciar e celebrar as mulheres negras do município, a Prefeitura de Lauro de Freitas, por meio das secretarias municipais de Cultura, Lazer, Juventude e Esporte (SECULJE); Mulher, Políticas Afirmativas, Direitos Humanos e Promoção da Igualdade Racial (SEMPADHIR); e de Educação (SEMED), apoiou a primeira edição do evento “Julho das Negras”, que aconteceu nesta terça-feira (15/7), no Auditório Abdias do Nascimento, no Centro de Cultura Afro-Brasileira Mãe Mirinha, em Portão.
De acordo com a gestora da SEMPADHIR, Margeoire Neves, o debate da mulher na sociedade é de extrema importância. “Falar sobre a representatividade e o papel da mulher é muito importante, principalmente da mulher negra e da nossa cidade”, disse.
Para Yasmin Morais, fundadora do projeto Vulva Negra, e uma das organizadoras e palestrantes do evento, é um prazer poder trocar experiências e conhecimentos com as pessoas, e dizer a elas que os caminhos são possíveis. “Quando falamos em Lauro de Freitas, pensamos em um território riquíssimo onde diversas mulheres negras foram essenciais para que nós construíssemos essa história aqui. Então relembrar e rememorar essas histórias, é também construir pontes para que a nossa juventude não se sinta apenas representadas, mas também possam fazer parte dessa história”, destacou.
Acompanhada de um grupo de estudantes, a professora de cultura afro-brasileira e indígena, Ana Cláudia Reis, salientou a importância dos alunos conhecerem sobre o assunto. “Esse debate é muito importante para que eles vejam a questão da identificação do seu pertencimento. É importante reconhecer essa mulher preta, empoderada, no seus pais, na sua escola, na sua família. Então é importante que eles debatam, reflitam e tragam isso para a vivência dele, dia a dia”, finalizou.
Quem gostou de participar do evento foi a estudante Thaissa Vitória, de 14 anos, do Colégio Social de Portão. “Esse evento é importante porque valoriza as meninas negras, que muitas vezes já sofreram bullying, assim como eu por causa do meu cabelo, e minhas amigas que tem a pele mais retinta do que a minha”, falou a aluna.
A atividade, que também foi organizada pela advogada e diretora do SAC municipal, Fátima Pinto, contou com a participação de estudantes da rede municipal; com apresentações culturais, incluindo o grupo Samba de Oyá, formado por mulheres negras; e venda de comidas típicas e artesanatos.