Líderes têm até quinta para indicar presidentes das comissões

 Líderes têm até quinta para indicar presidentes das comissões

O Senado deve definir na próxima quinta-feira (2) as presidências das comissões temáticas. A previsão dos líderes é que neste dia, os colegiados sejam instalados, com a eleição dos respectivos presidentes e vice-presidentes.

O regimento da Casa prevê que a composição respeite o tamanho proporcional de cada bloco partidário formado.

O acordo que resultou na reeleição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em 1º de fevereiro, prevê a divisão dos comandos das comissões entre dois dos três blocos, que apoiaram a recondução do senador mineiro. Já o bloco de oposição, formado por PL, PP e Republicanos, ficaria fora.

“Em princípio, tem um sentimento do bloco que foi apoiador ficar com as presidências. Mas foi feito esse apelo por alguns dizendo ‘olha, podemos rediscutir?’”, disse o líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA).

Nesta terça-feira (28), o tema foi discutido em uma reunião com todos os líderes partidários da Casa, mas não se chegou a um acordo final.

“A eleição é feita no voto. Pode ter um acordo. Se houver isso, vai haver a votação com candidato único. Se não, vai haver disputa em todas as comissões”, pontuou Jaques Wagner.

Segundo o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), a oposição ainda busca um acordo, nos próximos dois dias, para garantir espaços de comando dentro da Casa, após ter ficado fora dos principais cargos da Mesa Diretora.

“Até quinta, as lideranças dos blocos devem conversar para buscar uma construção que seja possível atender aos partidos de oposição”, disse Portinho.

As comissões mais cobiçadas já estão encaminhadas. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, vai ficar com o União Brasil, que vai indicar novamente o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que comandou a CCJ no último biênio.

Já a Comissão de Assuntos Econômicos, que chegou a ser cortejada pelo PT, continuará com o PSD, que deve indicar o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). A Comissão de Relações Exteriores ficou com o MDB e deverá ser presidida por Renan Calheiros (MDB-AL).

Uma hipótese levantada pelos líderes é a criação de novas comissões, como a do Clima e a do Esporte, como uma maneira de acomodar um número maior de partidos e facilitar um acordo.

A estratégia já foi usada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que articulou a criação de cinco novos colegiados para atender a demandas das legendas.

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