Lídice dispara contra Bolsonaro: “Governo com tendência autoritária grande”

 Lídice dispara contra Bolsonaro: “Governo com tendência autoritária grande”
A senadora Lídice da Mata (PSB) criticou as decisões tomadas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) nos primeiros dias após vencer nas urnas. “Não tenho dúvida que, pelo anunciado discurso do presidente, vivemos um governo com tendência autoritária grande. Isso no anúncio”, disparou, em entrevista ao programa “Se Liga Bocão”, da rádio Itapoan FM, na noite desta terça-feira (6).
 
“Não adianta dizer hoje que vai zelar pela Constituição, se o discurso de ódio fere a Constituição Brasileira. […] Quando diz que vai acabar com as organizações sociais, está ferindo a Constituição, que informa que é livre a liberdade de expressão e organização política no Brasil”, justificou a socialista.
 
A parlamentar baiana ainda teceu críticas a escolha de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. “Acho que, se ele [Moro] tivesse preocupação com a imagem da Justiça e da imparcialidade, ele não teria aceito. Acho ruim. A sua presença sinaliza para alguns segmentos da população que é porque o presidente não tem medo dele e vai ter uma atitude de independência, de garantir o combate à corrupção, mas na verdade o próximo ministro está rasgando o compromisso da imparcialidade da Justiça. [Aceitou o cargo] Logo após a eleição de um candidato que disputaria a eleição com alguém que ele prendeu e impediu de disputar a eleição presidencial”, afirmou, em referência ao ex-presidente Lula.
 
Lídice destacou que a mulher de Moro, Rosângela Moro, comemorou no Twitter a eleição de Bolsonaro. “São coisas que ferem a imparcialidade e põem em dúvida as investigações. Então, eu acho que é um clima de preocupação grande em Brasília. Você sente isso nas pessoas. É um cenário de insegurança no campo da política e das liberdades políticas no país”.
 
A pessebista afirmou ainda que tem visto a movimentação do presidente Bolsonaro com grande preocupação na área da economia e das relações internacionais. “O primeiro movimento do governo na área das relações internacionais foram desastrosas. Ficamos com a imagem de um país que se isola. […] A China não é um parceiro desprezível. Compramos uma briga com os países árabes com essa história de mudar a embaixadas para Jerusalém. Compramos uma briga com o Mercosul”.
 
Ela também desacredita que a Bahia sairá prejudicada em função de o Governo da Bahias ser ocupado hoje pelo grupo petista. “Não podemos admitir essa hipótese. Não tenho dúvida que ninguém, nem a oposição, ousará fazer alguma movimentação no objetivo de prejudicar a Bahia”.

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