Lula anuncia pacote emergencial após tarifaço de Trump contra exportações brasileiras

Diante do anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros como aço, alumínio e cobre, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quarta-feira (9) um pacote emergencial de resposta econômica e diplomática para proteger os interesses do Brasil e mitigar os impactos da medida sobre a indústria nacional.
As novas tarifas, que entram em vigor em 1º de agosto, afetam diretamente setores estratégicos da economia brasileira e já provocam reações no mercado global, com a alta de 13% no preço do cobre e queda de 0,4% no índice Dow Jones. Lula classificou a medida como “unilateral, protecionista e prejudicial ao equilíbrio do comércio internacional” e destacou que o Brasil não aceitará ataques à sua soberania econômica.
Entre as medidas anunciadas pelo governo brasileiro estão:
📉 Criação de linhas de crédito especiais para empresas afetadas, por meio do BNDES e Banco do Brasil; 🌍 Mobilização diplomática junto ao Mercosul, BRICS e à Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar a medida; 🧾 Estudo de tarifas de retaliação sobre produtos norte-americanos importados; 🤝 Abertura de novos canais comerciais com países asiáticos, africanos e europeus para diversificar os mercados de exportação.
“Nosso compromisso é proteger o trabalhador brasileiro, a nossa indústria e o comércio justo. O Brasil não vai recuar diante de pressões externas. Vamos agir com firmeza, diálogo e responsabilidade”, afirmou Lula em pronunciamento no Palácio do Planalto.
O presidente também se reuniu com líderes industriais e representantes do agronegócio para discutir soluções de curto e médio prazo, além de reforçar a importância de uma política comercial soberana e integrada aos interesses nacionais.
A resposta brasileira foi bem recebida por setores produtivos, mas especialistas alertam que a escalada da tensão comercial pode gerar efeitos colaterais na economia global, especialmente em um momento de instabilidade geopolítica e desaceleração econômica em algumas regiões.
Nos próximos dias, a expectativa é de que o Itamaraty conduza reuniões com parceiros estratégicos e leve o caso à OMC. O governo também pretende reforçar laços com a União Europeia, China e países africanos como forma de abrir novos mercados e reduzir a dependência do mercado norte-americano.