Lula lidera todas as simulações para 2026, mas rejeição ainda preocupa, aponta Datafolha

 

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (5) revela que o presidente Lula (PT) venceria todos os possíveis adversários apoiados por Jair Bolsonaro (PL) se as eleições presidenciais fossem realizadas hoje. O levantamento, realizado entre 1º e 3 de maio com 3.054 entrevistados em 172 cidades (margem de erro de 2 pontos percentuais), testou cinco cenários eleitorais e mostrou o petista à frente em todos eles.

Principais cenários

– Lula x Bolsonaro: O presidente teria 36% das intenções contra 30% do ex-presidente, com Ciro Gomes (PDT) em terceiro (12%)
– Sem Bolsonaro na disputa: Lula mantém 35%, seguido por Tarcísio de Freitas (Republicanos) com 15% e Ciro com 11%
– Contra familiares de Bolsonaro: Michelle teria 15% e Eduardo Bolsonaro, 11%, ambos em empate técnico com Ciro

Destaques da pesquisa

1. Estabilidade de Lula: Seu desempenho varia pouco (35%-36%) em todos os cenários testados
2. Fragmentação da direita: Sem Bolsonaro, os potenciais candidatos dividem votos (Tarcísio 15%, Marçal 11%, Ratinho Jr 5%)
3. Força regional: Lula alcança 50% no Nordeste, sua principal base eleitoral

Desafios para os opositores

– Tarcísio: Melhor colocado (15%), mas nega interesse em 2026 – aliados dizem que só concorreria a pedido de Bolsonaro
– Família Bolsonaro: Michelle tem melhor desempenho (15%) que Eduardo (11%) entre os eleitores do ex-presidente
– Governadores: Zema (Novo) e Leite (PSDB) admitem candidatura, mas aparecem com apenas 3% cada

Pontos de atenção
– Alta rejeição: 42% não votariam em Lula “de jeito nenhum” (contra 44% de Bolsonaro)
– Eleitorado indeciso: 52% não sabem em quem votariam em pesquisa espontânea
– Calendário político: Governadores precisariam renunciar até abril de 2026 para concorrer

A pesquisa sugere que, embora Lula mantenha vantagem, o cenário ainda está em aberto – especialmente considerando que faltam 18 meses para as eleições e a oposição não definiu seu principal nome. O desempenho fragmentado dos possíveis adversários indica que a unificação de um projeto alternativo ao PT será o grande desafio da direita nos próximos meses.