Lula reúne ministros e quer plano para reduzir preço dos alimentos

 Lula reúne ministros e quer plano para reduzir preço dos alimentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou, nesta sexta-feira (24), uma reunião com ministros para discutir medidas governamentais que possam ajudar a reduzir o preço dos alimentos. A alta nos preços tem sido uma preocupação constante do governo federal, especialmente porque afeta negativamente a percepção da população sobre a gestão, conforme apontaram pesquisas desde o início de 2024.

No início do ano passado, o presidente já havia realizado reuniões similares para abordar o tema. Apesar disso, o problema persiste e continua sendo um dos maiores desafios para a comunicação governamental. Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, o impacto do custo elevado dos alimentos no cotidiano das famílias brasileiras é uma questão prioritária para a imagem do governo.

A inflação de 2024 fechou com alta acumulada de 4,83%, ultrapassando o teto da meta, que era de 4,5%. Os alimentos e bebidas foram os principais responsáveis por esse aumento, registrando alta de 7,69% em 12 meses, o que representou 1,63 pontos percentuais no índice anual. Entre as causas do encarecimento, o governo cita eventos climáticos extremos, que prejudicaram a produção agrícola, e a valorização do dólar, que impacta diretamente produtos exportados, importados e que dependem de insumos internacionais, como combustíveis e alimentos.

Na quinta-feira (23), os ministros Rui Costa (Casa Civil), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Guilherme Mello (secretário de Política Econômica) se reuniram para elaborar propostas que seriam apresentadas ao presidente. A discussão incluiu alternativas para mitigar os efeitos da inflação alimentar e garantir a segurança alimentar das famílias brasileiras.

Durante a reunião ministerial realizada em 20 de janeiro na Granja do Torto, Lula destacou a necessidade de garantir alimentos mais baratos para a população. “Todo ministro sabe que o alimento está caro. É uma tarefa nossa garantir que o alimento chegue na mesa do povo trabalhador em condições compatíveis com o salário que ele ganha”, afirmou o presidente.

O tema também está entre as prioridades de Sidônio Palmeira, novo ministro da Secom, que assumiu o cargo em 14 de janeiro com a missão de melhorar a comunicação entre o governo e a população. Palmeira ressaltou que o custo elevado dos alimentos é percebido diretamente no dia a dia dos brasileiros e que o Ministério da Fazenda, entre outros órgãos, tem trabalhado intensamente para enfrentar o problema.

Lula, durante sua campanha, prometeu devolver a “picanha” e a “cervejinha” à mesa das famílias mais pobres, em referência à melhoria da capacidade de consumo da população. Contudo, em março de 2024, o presidente sugeriu que as famílias também adotem estratégias para cuidar melhor de seus orçamentos, como pesquisar preços antes de comprar e evitar produtos mais caros, o que ajudaria no equilíbrio financeiro das famílias e na contenção da inflação.

Além disso, Lula realizou encontros com empresários de setores-chave, como fruticultura, proteína animal e indústria alimentícia, para buscar soluções conjuntas que ajudem a estabilizar os preços dos alimentos e garantam maior acessibilidade ao consumidor. O governo reafirmou o compromisso com o aumento do poder de compra e a melhoria da qualidade de vida das famílias brasileiras, ressaltando que esforços conjuntos entre governo, empresários e a população são necessários para superar esse desafio econômico.

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