Luta pela Eliminação da Violência contra a Mulher. Um problema persistente e urgente

 Luta pela Eliminação da Violência contra a Mulher. Um problema persistente e urgente

A violência contra as mulheres constitui uma grave violação dos direitos humanos e evidencia claramente as desigualdades existentes entre homens e mulheres. Apesar dos avanços na conscientização e na criação de mecanismos para enfrentar esse problema, ele persiste de diversas maneiras em todo o mundo.

As estatísticas sobre violência contra as mulheres em 2024 permanecem alarmantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório indicando que cerca de 1 em cada 3 mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual, o que corresponde a aproximadamente 30% das mulheres globalmente, ou cerca de 736 milhões de pessoas.

Esse tipo de violência não apenas causa danos físicos, mas também afeta profundamente a saúde mental e o bem-estar geral das vítimas. Os feminicídios, ou seja, os assassinatos de mulheres pelo fato de serem mulheres, continuam ocorrendo com frequência alarmante. Em 2024, estimou-se que cerca de 50.000 mulheres foram mortas por parceiros íntimos ou familiares.

No estado da Bahia, foram registrados 106 casos de feminicídio de janeiro a dezembro de 2024, um número que sublinha a gravidade do problema e a necessidade urgente de proteger as mulheres e eliminar a violência de gênero. Em Lauro de Freitas, município localizado na região metropolitana de Salvador, houve 20 casos de feminicídio em 2024, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o que evidencia a necessidade de intervenção e proteção da vida das mulheres.

A violência sexual é outro tipo horrível de violência contra as mulheres. Cerca de 15% das mulheres relataram terem sido abusadas sexualmente por alguém que não era seu parceiro entre janeiro e dezembro de 2024. Muitos destes casos continuam subnotificados devido ao estigma e ao apoio insuficiente às vítimas.

A luta pela eliminação da violência contra a mulher é um desafio complexo que requer uma abordagem multifacetada. Embora tenham sido feitos progressos, os dados de 2024 mostram que ainda há muito trabalho a ser feito. É imperativo que todos os setores da sociedade se unam para criar um mundo onde todas as mulheres possam viver livres da violência e da discriminação. 

Texto por: Dra. Célia Manzoni – Advogada – Membro da Comissão da Mulher Advogada e Proteção aos Direitos da Mulher.

Referencias:
https://brasil.un.org/pt-br/115652-oms-uma-em-cada-3-mulheres-em-todo-o-mundo-sofre-viol%C3%AAncia

https://www.paho.org/pt/topics/violence-against-women

https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2025/01/29/balanco-feminicidio-bahia.ghtml

https://www.ba.gov.br/comunicacao/noticias/2025-03/366428/duas-cada-cinco-mulheres-baianas-mortas-de-forma-violenta-sao-vitimas-de

https://sei.ba.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4075:na-bahia-a-cada-dez-feminicidios-nove-sao-cometidos-pelo-parceiro-intimo-da-vitima&catid=10&Itemid=555&lang=pt

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Consulta aos relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS), ONU Mulheres, e outras organizações dedicadas à proteção dos direitos das mulheres.

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