Má gestão Elinaldo deixa fila de 72 mil procedimentos em espera na saúde de Camaçari
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Imagine uma Arena Fonte Nova e meia lotada, ou quase três Barradões cheios em dia de jogo. Esse é o cenário deixado pela gestão do ex-prefeito Elinaldo Araújo (União Brasil) na fila de espera para realização de exames em Camaçari. Atualmente, a regulação municipal acumula um total de 72 mil procedimentos parados.
Alguns exames foram suspensos em junho do ano passado e outros logo após a eleição. O cenário caótico foi relatado pela secretária de Saúde, Rosangela Almeida, em entrevista ao programa Contato Direto, na rádio Líder FM, nesta terça-feira (11).
“Nós assumimos o município com um quantitativo de exames parados de 72 mil, exames parados na regulação para que a gente tenha que dar conta. Não criamos essa situação, ela não foi gerada por nós, mas estamos trabalhando para resolver”, relatou.
O trabalho agora será redobrado, já que os exames possuem um prazo de validade entre o pedido médico e a execução. Ou seja, dentro desse número de 72 mil procedimentos paralisados podem ter pessoas que já realizaram ou que precisarão passar novamente por uma avaliação médica para solicitação do exame.
O quadro foi agravado diante do encerramento dos contratos feito pelo antigo governo. “Nós tivemos os contratos com os prestadores quase na sua totalidade suspensos. Então a gente não tinha acesso a encaminhar paciente para execução de exames, por exemplo. A gente encontrou um passivo financeiro importante, o que nos gera uma dificuldade muito grande porque nós sabemos que precisamos de recursos para dar seguimento, mas sabemos também que quem executou o serviço precisa receber para dar continuidade”, pontuou a titular da Sesau.
Ainda, como confirmado pela secretária, o fim dos contratos impactou diretamente na regulação, pois quando assumiu a pasta encontrou uma cena de terra arrasada sem profissionais ou equipamentos.
“Nós não encontramos, além dos profissionais reguladores, que o contrato foi suspenso e os profissionais saíram na gestão, nós também não encontramos os computadores. Por conta de que era um serviço de locação e ao suspender o contrato, a empresa levou junto a mão de obra e os computadores. Então, sem o computador e sem a mão de obra é impossível a gente conseguir colocar de volta esse pessoal”, indicou Rosangela Almeida ao sinalizar que novos reguladores já estão em treinamento.