Mais de 600 testes da orelhinha foram realizados na rede municipal de saúde de Lauro de Freitas em seis meses
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Dormindo no colo do pai, a pequena Maria Júlia com apenas 28 dias de nascida, foi uma das pacientes que realizou o teste da orelhinha no Serviço Especializado em Reabilitação Auditiva (SERA), da Secretaria Municipal de Saúde de Lauro de Freitas (Sesa). O Atendimento é ofertado as terças e quartas-feiras, na Clínica Escola da Faculdade Unime, para atender a crianças de zero a seis meses. O agendamento é realizado via Regulação de Saúde.
De acordo com a coordenadora da unidade, Mara Reis de Melo, desde a implantação do serviço em março deste ano, até outubro, 649 bebês realizaram o exame no local. “Nós oferecemos diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva. Contamos com uma equipe multidisciplinar formada por médicos otorrinos, psicólogos, assistentes sociais e fonoaudiólogos”, disse.
A coordenadora enfatiza que o teste da orelhinha é essencial para a saúde do bebê podendo ser realizado nos recém-nascidos a partir do segundo dia de vida, para detectar precocemente dificuldades de audição que podem desencadear surdez. Além do exame, que identifica se o bebê tem problemas de audição, no equipamento é realizada ainda a audiometria tonal e vocal, exame que avalia a audição em adultos e crianças, e o Bera, que é indicado para diagnóstico de perda auditiva e imitanciometria, que ajuda a avaliar as condições do tímpano.
O município foi o primeiro da RMS a implantar a rede SERA. A unidade conta com acústica necessária para a realização dos exames com salas amplas e acessibilidade, além de equipamentos novos de última geração. “O teste da orelhinha detecta problemas na audição da criança para melhorar sua perspectiva de vida. Se o resultado apontar algum problema, é possível tratá-lo o quanto antes”, explica a fonoaudióloga Elen Pereira.
Para Gabriele Almeida, moradora de Itinga, o exame trará mais segurança em relação a saúde de seu filho. Ela conta que teve complicações na gestação. “Meu bebê nasceu prematuro com apenas 34 semanas e também tive eclampsia. Saber que está tudo bem com a audição dele me tranquiliza, já que passamos por algumas situações delicadas”, declarou. Já Lorena Conceição retornou para realizar o exame pela segunda vez em sua pequena de três meses. “O primeiro exame constatou uma alteração, os profissionais solicitaram a realização novamente”, contou.
Teste da Orelhinha – Indolor, rápido e seguro, o exame é realizado em cerca de 10 minutos. A fonoaudióloga introduz um aparelho de emissões otoacústicas evocadas na orelhinha do bebê. Este procedimento emite estímulos sonoros leves e recolhe as respostas das células auditivas para que o profissional identifique o passe ou falha. Em casos de falhas é marcado o reteste da orelhinha entre 15 dias a um mês.
Sala de espera – Antes de realizar o exame, mães e pais passam por atividade educativa sobre a técnica utilizada e como devem acompanhar o desenvolvimento da linguagem dos pequenos. É recomendado que o bebê esteja dormindo ou sendo amamentado na hora do teste. A orientação na sala de espera é realizada por fonoaudiólogos.
Jornalista Giovanna Reyner
Foto Gabriel Tito
ASCOM/PMLF
06/11/2019
Tel.: 3288 – 8371
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