Manchas de óleo em praias de Salvador podem ser resquícios de desastre em 2019

 Manchas de óleo em praias de Salvador podem ser resquícios de desastre em 2019

Depois de seis meses sem registros da presença de manchas de óleo nas praias de Salvador, elas voltaram a aparecer. Desta vez, nas praias Piatã e Jaguaribe. De acordo com o grupo Guardiões do Litoral, as manchas foram vistas por uma pessoa que praticava atividade física na região, por volta do meio-dia desta quinta-feira, 25.

Ao menos 100 kg do material foram retirados. Os integrantes do grupo estiveram no local e acionaram a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb). Por meio de nota, a Limpurb informou que, após a coleta, o material foi armazenado e será transferido para uma empresa que seja habilitada para tratar e dar a destinação final. Será que as manchas são resquícios do misterioso aparecimento de óleo no litoral brasileiro, em novembro de 2019?

Para o fundador do Guardiões do Litoral, Arthur Sehbe, é provável que a substância encontrada seja remanescente do petróleo que apareceu no ano passado. “A gente só vai confirmar depois das análises laboratoriais. A gente já tinha uma suspeita do reaparecimento no inverno, porque existe um movimento de maré entre o verão e inverno”, contou Sehbe em entrevista ao programa Isso é Bahia, na rádio A TARDE FM, na manhã desta sexta-feira, 26. Segundo ele, as manchas de óleo que apareceram em praias de Alagoas e Pernambuco, há alguns dias, têm a mesma origem do material que atingiu o litoral dos nove estados da região Nordeste, além do Espírito Santo e Rio de Janeiro, a partir do mês de setembro.

A investigação sobre a origem deste petróleo cru nas praias está a cargo da Polícia Federal, no Rio Grande do Norte (RN), que ainda não tem novidades em relação ao caso. Arthur cobrou repostas. “Quando acontece um desastre ambiental desta magnitude, é importante saber quem é o gerador, de onde saiu e, inclusive, se esta fonte foi interrompida”. Ele prossegue: “se houve naufrágio de um navio e continua soltando petróleo ou tubulação rompida. É preciso adotar medidas preventivas para que o desastre não volte a acontecer”, alertou. Caso alguém encontre as manchas, Arthur recomendou evitar o contato direto com o resíduo tóxico, usar máscara, luvas e botas apropriadas.

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