Matheus de Geraldo Júnior defende políticas de incentivo a doação de órgãos
Instituir a Política Estadual de Conscientização e Incentivo a Doação de Órgãos e Tecidos na Bahia é o que propõe o deputado Matheus de Geraldo Júnior, (MDB), em Projeto de Lei 24782/2023 apresentado na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).
Informar e conscientizar a população sobre a relevância da doação de órgãos e tecidos contribuindo para a formação de consciência doadora na sociedade baiana é um dos objetivos previstos no Art. 2º do projeto que também visa contribuir para o aumento do número de doadores e da efetividade das doações no estado.
A política estadual contemplará estratégias como realização de campanhas de divulgação, conscientização e o desenvolvimento de atividades nos estabelecimentos de todos os níveis de ensino voltadas para a disseminação de conteúdos que promovam mais conhecimento para os estudantes, evidenciando os fundamentos científicos, culturais, econômicos, políticos e sociais subjacentes ao tema.
A adoção de conteúdos e práticas nos cursos técnicos de nível médio na área da Saúde que favoreçam a atuação dos profissionais neles formados nas diversas dimensões relativas à doação e transplante de órgãos e tecidos também é uma estratégia a ser contemplada pelo Projeto de Lei, assim como, o desenvolvimento de programas de formação continuada para os profissionais da saúde e da educação que contemplem o tema.
De acordo com o deputado Matheus de Geraldo Júnior, a negativa familiar é um dos principais motivos para que um órgão não seja doado no Brasil. Ele explica na justificativa à proposição que, em 2018, 43% das famílias recusaram a doação de órgãos de seus parentes após morte encefálica comprovada, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
“Mesmo assim os transplantes vinham crescendo no Brasil, porém, conforme levantamento da ABTO, o número de doadores de órgãos caiu 26% no país em 2021 devido à pandemia de Covid-19. A queda atingiu os pacientes que esperam por um transplante. Os procedimentos mais afetados foram os de pulmão (62%), rim (34%), coração (34%) e fígado (28%)”, explica o parlamentar.
Segundo ele, o risco de contaminação e a lotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) por conta do coronavírus foram as principais razões da queda. “Ainda lutamos para vencer a Covid-19 e todas essas consequências enfrentamos ainda em 2023”.
O parlamentar lembra que, para haver transplantes, é preciso haver doação. “Esta proposição vai contribuir para a formação de consciência doadora na sociedade e consequentemente para o aumento no número de doadores e da efetividade das doações no estado”, justifica.