Menina que caiu em bueiro em Dias D’Ávila segue desaparecida
A adolescente Amanda Teles, 12 anos, que desapareceu após cair em um bueiro no município de Dias D’Ávila, Região Metropolitana de Salvador, ainda não foi localizada pelas equipes do Corpo de Bombeiros (BBM). Segundo a prefeitura, as buscas serão retomadas no início da manhã da próxima sexta-feira (29), com 95 bombeiros, além da Polícia Militar (PM) e a Defesa Civil.
Nesta sexta, as equipes adentrarão um trecho do Rio do Toco, composto por mata densa, onde acreditam que a quantidade de lixo possa ter retido a passagem da menina. Na oportunidade também, será acessada mais uma galeria que passa por baixo de uma garagem de ônibus, utilizando robôs e câmeras que possibilitem vasculhar a área.
Na manhã desta quinta-feira (28), foram encontrados um dos sapatos e a mochila que a menina utilizava. Os pertences foram vistos em um córrego localizado a cerca de 400 metros do lugar da queda. A operação foi concentrada em um córrego a 400 metros do local da queda, na Avenida de Ligação, além de varreduras nas galerias subterrâneas seguindo o caminho reverso que a garota provavelmente percorreu.
A operação começou com cerca de 50 bombeiros, que contaram com o reforço de 45 militares nas buscas. Agentes da Embasa prestaram apoio durante as buscas nas galerias, que foram percorridas com o auxílio de robôs, sondas e câmeras, mas a garota não foi encontrada.
Familiares de Amanda e curiosos acompanharam o trabalho de militares. O clima era de comoção e tensão, especialmente entre os parentes mais próximos. Os pais da vítima não quiseram ser entrevistados. Leiliane Teles, a mãe, disse apenas que não vê a hora de encontrar a filha. “Prefiro sofrer em silêncio”, emendou, emocionada.
O caso aconteceu às 12h22 da última quarta-feira (27) na Avenida Lauro de Freitas, no bairro Urbes, em meio a uma chuva forte que atingiu a cidade. Amanda voltava da Escolinha Tia Ana, sozinha, quando sofreu o acidente. A menina passou próximo ao córrego desprotegido, tropeçou e foi levada pela correnteza.
Valter Sousa Neves, dono de uma oficina mecânica que fica em frente ao local, foi uma das últimas pessoas a ver a menina antes do desaparecimento. Ele correu para salvar Amanda, mas não conseguiu evitar que a jovem fosse levada pela água.
“O córrego estava muito cheio, transbordando, e ela passou muito perto. Quando tropeçou, caiu direto e foi puxada. Eu tentei salvar, mas não consegui”, conta. Valter correu em direção ao local da queda, mas não viu mais vestígios da garota. “Eu estava trabalho e vi tudo acontecer. Foi tudo muito rápido, não deu tempo nem para ela gritar. É uma tragédia muito grande, uma menina nova”, lamenta.
Fonte: Correio