Missa Solene celebra o padroeiro de Lauro de Freitas e renova o espírito de caridade da população

 Missa Solene celebra o padroeiro de Lauro de Freitas e renova o espírito de caridade da população

“Que as pessoas que ainda não tomaram a vacina ou aquelas que não completaram o ciclo vacinal, façam esse gesto como prova de proteção a si mesmo e de caridade ao outro”. Com esse apelo, o cardeal Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, deu as bênçãos finais na Santa Missa de Ação de Graças pelo Dia do Padroeiro de Lauro de Freitas, Santo Amaro de Ipitanga, neste sábado (15).

A celebração eucarística, que foi presidida pelo pároco da Igreja Matriz do município, padre Anastácio Gilberto, foi o ponto alto da festa do padroeiro Santo Amaro de Ipitanga, que neste ano refletiu junto à comunidade o tema: “Coração movido pela caridade”. O dia festivo do santo foi iniciado com alvorada e se encerra com missa, às 17h, no Centro Paroquial São João Paulo II.

Em sua homilia, o arcebispo Dom Sérgio da Rocha falou para os fiéis católicos sobre viver no espírito da caridade pelo próximo. “Se em algum momento você julgar que não pode fazer mais por quem tem necessidade, que seu amor pelo outro possa se expressar pela oração. Rezar pelos que mais sofrem. Assim, recorremos à proteção e intercessão de Santo Amaro, para que rogue a Jesus por todos os irmãos e irmãs nesses tempos difíceis”, conclamou o cardeal ao reforçar as medidas de segurança da Covid-19.

No dia do padroeiro também se celebra o aniversário da Paróquia Santo Amaro de Ipitanga, que completou 414 anos de história, como fez questão de lembrar a prefeita Moema Gramacho. “Esta é uma das maiores celebrações do nosso município. Celebramos o padroeiro e a Igreja Matriz que faz a história local acontecer. O tema deste ano, sobre caridade, é o que precisamos. Estamos vivendo tempos difíceis. São mais de 620 mil entes perdidos no país, vítimas da Covid-19”, ressaltou.

A chefe do Executivo municipal ainda aproveitou para agradecer à população de Lauro de Freitas pela arrecadação de donativos da campanha SOS Chuvas. “Enviamos mais de 40 toneladas de doações às famílias atingidas pelas chuvas no Sul da Bahia, com a ajuda do povo. Isso foi um símbolo de caridade e amor ao próximo. Aqui já passamos por essa situação, mas graças a obra de macrodrenagem, que já vem mostrando seus efeitos, não sofremos mais com enchentes”, pontuou Moema.  

Ao fim da missa, a prefeita ainda pediu um minuto de silêncio pela morte do ativista cultural de Lauro de Freitas, Duzinho Nery, e pelas vítimas da Covid-19 e das enchentes no Extremo Sul da Bahia. “Que no próximo ano estejamos todos aqui de novo e que Santo Amaro de Ipitanga adentre o coração de todos e todas aqui presente”, concluiu. Após a missa, a prefeita, padres e comunidade seguiram em carreata pelas principais ruas da cidade.

Celebrando pela primeira vez a tradicional festividade de Santo Amaro de Ipitanga, o pároco Anastácio Gilberto descreveu o momento como de alegria. “Agradeço aos presbíteros que puderam rezar conosco e compartilhar esses ministérios. Somos muitos membros, mas formamos um só corpo comandado por Jesus”, afirmou. A Santa Missa contou com a participação dos deputados estaduais Jacó e Rosemberg, do vice-prefeito Vidigal Cafezeiro, além de vereadores e secretários municipais.

Exemplo de fé

Moradora de Lauro de Freitas há 15 anos, a católica Zuleide Rodrigues, de 62 anos, disse ter encontrado em Santo Amaro de Ipitanga mais um caminho para a fé. “Desde criança eu sou devota de Santo Antônio e de Nossa Senhora da Luz. Depois que me mudei para cá e passei a frequentar a igreja, me tornei devota de Santo Amaro também, porque ele é um exemplo de fé. Quando conheci toda sua história eu entendi que aqui era meu lugar”, contou a senhora que já trabalhou como enfermeira e professora.

Igreja Matriz

A Igreja Matriz Santo Amaro de Ipitanga, um dos monumentos religiosos mais importantes da Bahia, também completou 414 anos de história, neste sábado (15).  O templo possui os mais extensos silhares encontrados na arquitetura luso-brasileira. A barra de azulejos envolve toda a nave, como uma espécie de tapete, e a capela principal. Ganha destaque ainda as imagens de Senhor Morto e Nossa Senhora das Dores, em rocca.

Sua história data de 1608, quando jesuítas começaram a erguer a estrutura do monumento em estilo barroco-maneirista. Reconhecida por seus bens culturais, a igreja é tombada pelo IPHAN. Em 2019, a paróquia passou por ampla reforma, realizada pela Prefeitura Municipal.

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