O juiz Edinaldo César Santos Júnior, reconhecido nacionalmente por sua atuação em defesa dos direitos humanos, da infância e juventude e pela promoção da equidade racial no Judiciário, foi encontrado morto neste domingo (1º), aos 45 anos. Sua trajetória se consolidou como uma das mais influentes no campo jurídico e social do país.
Natural de Aracaju (SE), Edinaldo era juiz de Direito no Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) e atuava como juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Doutorando em Direitos Humanos pela USP e mestre na mesma área pela Universidade Tiradentes, construiu uma carreira marcada pelo compromisso com uma Justiça mais inclusiva.
Especialista em políticas públicas voltadas à proteção de crianças e adolescentes, Edinaldo teve papel de destaque tanto no TJSE quanto no CNJ, onde colaborou com o desenvolvimento de ações estruturantes para o setor. No âmbito da equidade racial, foi um dos fundadores do Encontro Nacional de Juízes e Juízas Negros (Enajun), espaço fundamental de debate sobre o combate ao racismo institucional no sistema de Justiça brasileiro.
Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania lamentou a perda: “Dr. Edinaldo sempre teve um papel fundamental na construção de políticas públicas voltadas à infância e juventude. Sua ausência será sentida em todo o país.” A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também homenageou o magistrado, destacando seu “legado inestimável para o Direito e para a promoção da justiça racial no Brasil”.
Além da atuação institucional, Edinaldo foi professor universitário, autor e organizador de obras jurídicas, influenciando a formação de novas gerações no campo do Direito. Colegas de todo o país ressaltaram sua generosidade, integridade e dedicação aos direitos fundamentais.