Mulher é sequestrada em Itinga e leva três tiros em São Cristovão

A delegada Elaine Laranjeira aguarda Lucitelma na 27ª DT para prestar depoimentoAndrezza MouraPara a delegada Elaine Laranjeira, titular da 27ª Delegacia Territorial (Itinga), em Lauro de Freitas, o atentado sofrido pela dona de casa Lucitelma do Nascimento Batista, 39 anos, na madrugada desta quarta-feira, 15, ainda é um mistério.

A mulher foi baleada nas nádegas, pernas e cintura, por volta das 2h20, em um matagal da Estrada Cia / Aeroporto, em São Cristóvão, após ser retirada de dentro de casa, na Rua Santa Efigênia, em Itinga, por quatro homens encapuzados, que estavam em um veículo de cor prata.

Aos policiais do posto da Polícia Civil do Hospital Geral do Estado (HGE), Lucitelma contou que só sobreviveu porque conseguiu se desvencilhar dos criminosos e se esconder em um matagal. Ela aproveitou quando o carro parou, deu uma contovelada em um dos suspeitos e correu.

A mulher afirmou ainda que aguardou os homens irem embora e pediu ajuda em uma casa próximo ao local. Ela foi resgatada por agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada ao HGE. Até a noite desta quarta, Lucitelma permanecia internada na unidade de saúde em estado estável.

Apelidos

Ainda no relato, Lucitelma declarou que o crime foi ordenado por um traficante de drogas do bairro conhecido como Gringo. Durante a ação criminosa, ela disse ter ouvido os criminosos citarem os apelidos Marrom, Neguinho e Coroa.

O motorista permaneceu o tempo todo em silêncio, segundo a mulher. De acordo com a delegada, Lucitelma já tem passagem por tráfico de drogas. No registro da Polícia Civil do HGE consta que ela respondeu por aliciamento de menores e ficou presa no Presídio Feminino, na Mata Escura, por um ano, sendo libertada em 15 de novembro de 2015.

Usuária de drogas

Na segunda-feira, 13, Lucitelma procurou a delegacia do bairro para informar que suas filhas, duas adolescentes de 12 e 17 anos, haviam fugido de casa. Ela foi orientada pela delegada Elaine Laranjeira a procurar o Conselho Tutelar e depois retornar à unidade.

“O desaparecimento das meninas não foi registrado aqui. Após ela contar o que aconteceu, os policiais daqui foram para rua e encontraram as meninas indo para a igreja. Elas disseram que não queriam voltar para casa porque a mãe tentou agredi-las”, disse a delegada. Lucitelma é usuária de drogas e, além das meninas, tem um filho de 3 anos.

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