Novo Saltimbancos Trapalhões celebra, emociona e encanta
Os Saltimbancos Trapalhões foi um dos grandes filmes do quarteto formado por Didi, Dedé, Mussum e Zacarias, que levou mais de 5 milhões de pessoas aos cinemas em 1981, época em que não existia multiplex.
Agora, 36 anos depois, uma nova versão desse musical chega aos cinemas e consegue resgatar todo o frescor dos filmes antigos dos trapalhões, que encantavam milhões, e, melhor, sem a presença de youtubers ou apresentadores globais (como Angélica e Luciano Huck).
A trama começa com o circo prestes a fechar. O Barão (Roberto Guilherme) decide usá-lo para comícios do prefeito local e leilões de gado. Querendo salvar o emprego de todos, Didi e Dedé se unem a Karina (Letícia Colin) e decidem fazer um musical para atrair o público. Mas, para isso, terão que enfrentar Satã (Marcos Frota) e sua parceira Tigrana (Alinne Moraes).
Emocionante
O diretor João Daniel Tikhomiroff usou o filme claramente para fazer uma homenagem ao grupo Os Trapalhões. E acertou em cheio com um filme encantador para todas as idades.
É emocionante ver o rosto de Didi nas cenas musicais, claramente se divertindo com aquilo tudo e relembrando o passado ao lado de Dedé. Letícia Colin surpreende ao cantar e dançar com graciosidade. E, ainda bem, não colocaram nenhum ator para “imitar” Zacarias ou Mussum.
O longa tem coreografias bem elaboradas e as mesmas canções inesquecíveis do original , com a adição da inédita Amor Natural, de Chico Buarque, autor das outras canções.
Apesar de emocionante, o filme tem problema de ritmo apenas com a personagem interpretada pela filha de Renato Aragão, que não tem um arco na história interessante, e parece ali mais por conta do parentesco.
Mas o saldo do filme é mais do que positivo. Que os pais levem seus filhos para serem apresentados a uma comédia à moda antiga e às canções do compositor Chico Buarque.