Nutella se defende sobre risco de alimento provocar câncer
A bilionária indústria do óleo de palma, conhecido no Brasil como azeite de dendê, recebeu o apoio de um gigante após autoridades europeias listarem o alimento como cancerígeno. A italiana Ferrero, que produz a Nutella, lançou uma campanha publicitária para garantir a segurança do produto, que responde por cerca de um quinto do faturamento da companhia.
A campanha surge em meio à polêmica criada após a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) alertar, em maio último, que o óleo de palma gera um contaminante potencialmente cancerígeno quando refinado a temperaturas superiores a 200 graus Celsius. A agência não chegou a recomendar a suspensão da ingestão do alimento, e afirmou que mais estudos são necessários para avaliar o nível de risco.
O creme de avelã com chocolate é uma das marcas de alimento mais conhecidas da Itália, e utiliza o óleo de palma para conferir textura e aumentar a validade do produto. Segundo a Ferrero, substitutos, como o óleo de girassol, provocariam mudanças em sua características.
Produzir Nutella sem o óleo de palma poderia resultar num substituto inferior ao produto real. Seria um passo atrás — disse Vincenzo Tapella, gerente de Compras da Ferrero, em entrevista à Reuters.
O contaminante é conhecido como GE (glycidyl fatty acid esters). Segundo EFSA, existem evidências suficientes para determinar que a substância é tóxica e cancerígena, apesar de não terem sido determinados limites seguros para o seu consumo. A agência não tem poder para criar regulações, mas a questão está sendo debatida pela Comissão Europeia, que deve emitir uma orientação até o fim deste ano, segundo o porta-voz para Saúde e Segurança Alimentar, Enrico Brivio. As medidas devem incluir regulações limitando o nível de GE em produtos alimentares, mas não haverá um banimento do uso de óleo de palma.
A Organização Mundial de Saúde e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura alertaram sobre o mesmo risco em potencial sobre o GE, mas não recomendaram que as pessoas parem de ingerir óleo de palma. A Food and Drug Administration, dos EUA, também não baniram o uso da substância.
Produzir Nutella sem o óleo de palma poderia resultar num substituto inferior ao produto real. Seria um passo atrás — disse Vincenzo Tapella, gerente de Compras da Ferrero, em entrevista à Reuters.
O contaminante é conhecido como GE (glycidyl fatty acid esters). Segundo EFSA, existem evidências suficientes para determinar que a substância é tóxica e cancerígena, apesar de não terem sido determinados limites seguros para o seu consumo. A agência não tem poder para criar regulações, mas a questão está sendo debatida pela Comissão Europeia, que deve emitir uma orientação até o fim deste ano, segundo o porta-voz para Saúde e Segurança Alimentar, Enrico Brivio. As medidas devem incluir regulações limitando o nível de GE em produtos alimentares, mas não haverá um banimento do uso de óleo de palma.
A Organização Mundial de Saúde e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura alertaram sobre o mesmo risco em potencial sobre o GE, mas não recomendaram que as pessoas parem de ingerir óleo de palma. A Food and Drug Administration, dos EUA, também não baniram o uso da substância.