Ônibus param de circular no Iguatemi e funcionam no resto da cidade; metrô está aberto

 Ônibus param de circular no Iguatemi e funcionam no resto da cidade; metrô está aberto

O Sindicato dos Rodoviários de Salvador aderiram à Greve Geral que acontece nesta sexta-feira (30) em todo o país contra as reformas trabalhista e da previdência. Apesar de toda a frota ter saído das garagens hoje, apenas parte da categoria parou as atividades na região do Iguatemi. Lá eles fizeram uma fila de ônibus que começa na frente do Shopping da Bahia e vai até o Bradesco da Avenida ACM. Nos demais locais da cidade os ônibus circulam normalmente e o Metrô está aberto.

Segundo Hélio Ferreira, presidente do Sindicato, eles estão no local desde às 6h e pararam toda a via exclusiva de ônibus em frente ao shopping. “Pode-se dizer que, sim, nós aderimos à greve. Mas de um jeito diferente. Participando com o resto dos manifestantes. Nós podemos ser uma das maiores vítimas dessas reformas”, justificou Hélio.
Os rodoviários vão avaliar a necessidade de parar outras vias. “Nós saímos 100% da garagem, mas estamos participando desse modo, parando em filas, estamos nos movimentando nas ruas”, disse.
Ainda de acordo com Hélio Ferreira, a população não foi pega de surpresa. “Nós avisamos claramente que íamos sair das garagens, mas iríamos paralisar e fechar algumas ruas. Então isso foi bem claro. Nós tivemos esse cuidado ontem de avisar toda a população. Além do movimento, está chovendo e a cidade vai estar um caos. Por isso tivemos esse cuidado ontem de avisar toda a população”, defendeu.
A técnica em enfermagem Alessia Souza, de 39 anos, estava inconformada com a impossibilidade de se locomover. “Fui pega de surpresa, saí de Brotas era 5h44, deveria chegar no trabalho, em Pituaçu, às 7h. E não tenho como. Acho que todo mundo tem o direito de protestar, mas que fosse em outro horário. Pelo amor de Deus, isso só atrapalha quem quer trabalhar, não acho justo”, reclamou.
A operadora de caixa Elisângela Santos, 20, mora em Santa Cruz e pegou o ônibus às 5h30, com destino ao trabalho, no Caminho de Areia. “Quando chegamos aqui, na frente do shopping, todos foram parando e a gente ficou aqui. Eu sabia da greve, também sou contra as reformas, mas não acho que greve resolve muito”, disse ela, que pretende tentar chegar ao trabalho. “Vou, porque ainda não me deram dispensa”.
O mesmo aconteceu com o estudante Carlos Santos, 20, que também estava a caminho do trabalho, na Bonocô. “Peguei na Santa Cruz às 5h30 e até agora, 7h, tô aqui. Deveria chegar no trabalho 6h20”, lamenta. Ele, porém, disse que é contra as reformas trabalhista. “Eu sou contra, claro, mas temos um presidente que disse em público que ninguém tira ele de lá, então eu não acredito que isso [a greve] resolva”.
Também está marcada para hoje, no Campo Grande às 15h, outra manifestação. Há a possibilidade de os sindicalistas fecharem as ruas da cidade. “Trata-se de uma maneira de tentar parar essas mazelas de tirar direito dos trabalhadores”, concluiu o líder da categoria sobre a participação na greve.
Trânsito
De acordo com a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), em função do ato, o trânsito está congestionado na região do Iguatemi e há reflexos na Paralela no sentido Centro. Outro ponto de lentidão é a Avenida ACM, na altura do corpo de Bombeiros.

Por conta disso, há dois desvios no trânsito para que os motoristas evitem a região do Iguatemi. Os veículos que estão na Av. ACM devem entrar na altura do Hiper Posto para acessar a Avenida Paulo VI. Já na Avenida Paralela, os motoristas devem pegar o acesso pela Avenida Luis Eduardo Magalhães. Outro ponto de alternativa de deslocamento é a Orla.

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