Operação prende contrabandistas de cigarro falsificado em Lauro de Freitas

 Operação prende contrabandistas de cigarro falsificado em Lauro de Freitas

Integrantes de duas quadrilhas que compravam cigarros falsificados e distribuíam, em pelo menos sete estados da região nordeste, foram presos na manhã desta quinta-feira (7) nas cidades da Bahia,  Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão. Uma das quadrilhas tinha seu distribuidor regional sediado aqui em Lauro de Freitas.

A ação faz parte da Operação Kapnós, do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE-AL). De acordo com o MPE-AL, a ação recolheu centenas de caixas de cigarros falsificados, além de veículos de luxo, lanchas e motos-aquáticas. Todos esses bens teriam sido comprados e colocados no nome de laranjas com o intuito de lavar o dinheiro adquirido com o comércio ilegal de cigarros.

O esquema

Ainda segundo informações do MPE, as quadrilhas presas eram especializadas em comercializar cigarros falsificados produzidos no Brasil, mas com selos de marcas paraguaias já bem aceitas no mercado nacional, como Eight, Gift, Bello e Meridian. Os revendedores compravam os produtos de fábricas clandestinas localizadas, em sua maioria, na região sul do país, e distribuíam para diversos centros de comércio no nordeste.

Os dois bandos possuíam uma estrutura organizada, cujos integrantes exerciam papéis distintos. Existiam os fornecedores regionais, os estaduais e os locais, fora os vendedores que comercializavam para o consumidor final.

O MPE divulgou que, por meio de dois vendedores que comercializavam cigarros falsificados no Mercado da Produção e na Feira do Artesanato, no Centro de Maceió, foi possível mapear os núcleos que sustentavam o esquema. “Ora eles compravam a mercadoria de uma das quadrilhas, ora compravam da outra, o que tornou possível mapear os núcleos que sustentavam o esquema criminoso”, explicou o MPE-AL.

Quadrilhas

O grupo sediado na Bahia revendia para os estados de Alagoas, Pernambuco, Piauí, Ceará e Paraíba. Já a segunda quadrilha tinha seu centro de distribuição em Caruaru (PE) e atuava nos estados vizinhos, Alagoas e Paraíba, e também tinha negócios no Rio Grande do Norte.

Os produtos eram vendidos com notas fiscais falsas, que indicavam mercadorias diferentes daquelas que estavam sendo transportadas. Um dos integrantes do bando de Lauro de Freitas era o responsável pela confecção destes documentos, que também podiam ser vendidos separadamente da carga de cigarro, se assim os clientes desejassem.

Em Alagoas, o principal distribuidor estadual reside em Arapiraca, de onde revendia o produto do crime para as cidades do interior do estado e para compradores da capital. O transporte do produto para os distribuidores locais era feito em veículos de pequeno porte, carregados com, no máximo, 100 caixas de cigarros e sempre acompanhados de um veículo batedor, que ia à frente do principal. Eram maneiras de evitar as fiscalizações nas estradas e se prevenir de grandes prejuízos, caso fossem abordados.

O faturamento por ano de uma das quadrilhas chegava a mais de R$ 1 milhão, valor sobre o qual não incidiu arrecadação de impostos, nem fiscalização, segundo o MPE.

Para o cumprimento das medidas cautelares, 100 agentes da PRF e 45 homens das Polícias Civil e Militar de Alagoas foram acionados. Com informações Atarde.

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