Otto garante voto contra reforma da Previdência nesta terça: “governo não cumpre nada”
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Otto Alencar, líder do PSD no Senado, garantiu que irá votar contra a reforma da Previdência no Plenário da Casa, votação que deve ocorrer ainda nesta terça-feira (1). “Não sei se o governo vai cumprir, não cumpre nada”, disse.
O senador se refere a pontos estabelecidos em um acordo com o governo Bolsonaro para aprovar a proposta, intermediado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e a líder governista no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). Um dos principais pontos é a PEC 98/2019, conhecida como PEC da Cessão Onerosa.
A proposta permitirá aos municípios, aos estados e ao Distrito Federal receberem parte dos recursos da exploração dos campos de petróleo.
“Íamos obstruir votação da Previdência, que votei contra o texto aqui na CCJ e Coronel [Angelo, senador] também votou contra. Nós íamos hoje obstruir a reforma da Previdência, depois teve uma reunião às 9h no gabinete da presidente da CCJ, Simone Tebe (MDB-MS), aí, os líderes resolveram que não deveria adiar a votação e dar um prazo ao governo pra editar medida provisória”, afirmou.
Na tarde de segunda-feira (30), o presidente do Senado se reuniu com governadores do Norte e Nordeste, incluindo Rui Costa (PT), além dos senadores Otto e Jaques Wagner (PT), para tratar da Cessão Onerosa.
Davi disse que, caso a Câmara dos Deputados não consiga aprovar a PEC 98/2019 em tempo hábil, há o compromisso de o governo federal editar uma medida provisória para garantir a distribuição.
Emendas
Por 17 votos a 9, os integrantes da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovaram nesta terça o texto principal do relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) às emendas apresentadas em Plenário para modificar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, da reforma da Previdência.
Seis emendas foram destacadas para análise mais detalhada pelos integrantes da comissão e devem ser votadas nominalmente. O texto foi aprovado sem alteração, todas rejeitadas.
O senador Otto Alencar também reclama que tentou apresentar emendas para reduzir idade de aposentadoria de 65 para 62 anos, e 62 para 60 anos, homens e mulheres, respectivamente, mas o relator não acatou.
Bnews