Pacientes reclamam de falta de atendimento na UPA dos Barris

Pacientes que procuraram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Vale dos Barris, em Salvador, reclamam da falta de atendimento na manhã desta segunda-feira (13).

Segundo comunicado do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindmed) distribuído em panfletos no local, o atendimento dos médicos da unidade está restrito a casos de emergência e urgência, por conta de atraso de salários.

Ainda segundo a entidade, os médicos com contrato de modalidade pessoa jurídica estariam sem receber desde o mês de novembro, já os médicos com carteira assinada não receberiam desde janeiro.

Comunicado do Sindimed sobre o funcionamento da UPA dos Barris (Foto: Juliana Almirante/G1)
Comunicado do Sindimed sobre o funcionamento
da UPA dos Barris (Foto: Juliana Almirante/G1)

 

Em entrevista ao site G1, o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, relatou que uma assembleia da categoria na noite desta segunda-feira, na sede do sindicato, em Salvador, deve decidir sobre os rumos da paralisação. Ele conta que, além dos médicos, os demais funcionários da unidade também estão sem receber salários.

Conforme a Fundação José Silveira, que administra a unidade, os salários estavam atrasados por conta da falta de repasse da Prefeitura de Salvador. A instituição esclareceu, entretanto, que o depósito foi feito e que o dinheiro estará na conta dos profissionais ainda nesta segunda-feira. A Prefeitura atestou que não tem débitos com a unidade. 

A paciente Teresina de Jesus, de 82 anos, que é deficiente auditiva e mora na Ribeira, foi com o filho até a unidade com queixa de dores, após cair de uma escada. “Disseram aqui na UPA que não podem fazer nada e mandaram ir pra UPA de Brotas”, disse o filho José António de Jesus.

O repositor de loja Danilo dos Santos, de 26 anos, foi à UPA com sintomas de torcicolo, mas não conseguiu atendimento. “Fiz triagem e depois disseram que não tinha médico”, conta.

A paciente Mônica Silva de Jesus relata que sente dores no corpo e fraqueza, mas não conseguiu obter diagnóstico. “Disseram que só atendiam caso de queda de pressão e que era pra procurar outro lugar”, reclamou.

A Fundação José Silveira negou que os atendimentos tenham sido suspensos nesta segunda-feira e informou que os pacientes que chegam ao local, por meio de um procedimento padrão, passam por uma triagem, já que a unidade é dedicada a atendimentos de urgência e emergência.

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