Pandemia avança na Amazônia e derruba tese de que calor mata o coronavírus

 Pandemia avança na Amazônia e derruba tese de que calor mata o coronavírus

A proliferação do novo coronavírus em grande escala em cidades da região Amazônica jogou por terra a hipótese inicialmente levantada de que o novo coronavírus poderia perder força ao chegar a regiões mais quentes do planeta.

Reportagem do portal UOL mostra que Amazonas e Amapá, estados que registram altas temperaturas, lideram os rankings proporcionais de mortes e casos no país, segundo dados do Ministério da Saúde.

Segundo a publicação, com cerca de 300 mil habitantes, a região de Rio Negro e Solimões, no Amazonas, é a que apresenta o maior coeficiente de mortalidade no país, com índice de 251,7 por 1 milhão de habitantes. O levantamento foi feito pelo UOL com base em dados divulgados no sábado (9) pelo ministério.

À reportagem, Felipe Naveca, pesquisador de virologia e biologia molecular da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Amazônia, explicou que o calor pode até reduzir, mas “não é suficiente para parar uma pandemia como essa”.

“Em Manaus, por exemplo, é sempre quente. São poucos os dias em que você sente um tempo mais ameno por aqui, e isso não foi o suficiente para impedir a transmissão. Inclusive nós tivemos muitos dias quentes agora no início do ano, e mesmo assim estamos com uma transmissão lá no alto”, disse Naveca. Ele coordenou o primeiro estudo no Norte a sequenciar o novo coronavírus extraído de um paciente no estado do Amazonas.

Já o pesquisador Luiz Goes, do departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas e da Plataforma Científica Pasteur da USP (Universidade de São Paulo), o avanço do novo coronavírus sob o calor amazônico não causa surpresa.

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