PF investiga 18 militares que ocupavam cargos no governo de Jair Bolsonaro
A ação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (11), por conta do suposto esquema de venda de joias e presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), amplia para 18 o número de oficiais que ocupavam postos no governo do ex-mandatário e que, atualmente, são investigados pela instituição.
Parte destes militares estão envolvidos no inquérito de milícias digitais, que apuram ameaças voltadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), assim como no esquema para entrada de joias sauditas. No caso do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do tenente Osmar Crivelatti, ambos também são suspeitos por crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
A lista de investigados ainda conta com a presença do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que é uma peça central no caso das joias trazidas de maneira irregular ao Brasil, já que ele tentou entrar no território nacional sem informar à Receita Federal que trazia as pedras preciosas. A PF investiga o militar por possível crime de descaminho e peculato.
Saúde
Já o Ministério da Saúde foi a pasta militarizada onde mais irregularidades foram identificadas pelas autoridades. No relatório da CPI da Covid, nove militares que faziam parte da equipe tiveram pedido de indiciamento.
O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (PL), foi acusado de crimes como de epidemia com resultado morte, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, comunicação falsa de crime e crimes contra a humanidade.