PGR nega pedido de Geddel para saber quem denunciou bunker com R$ 51 milhões em Salvador
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou nesta sexta-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer contrário ao pedido do ex-ministro Geddel Vieira Lima para que ele saiba quem é o dono do telefone usado para denunciar a existência do bunker em Salvador (BA) onde foram encontrados R$ 51 milhões atribuídos a ele.
O pedido da defesa de Geddel foi apresentado ao STF no último dia 3. Na Corte, o ex-ministro é alvo de inquérito que apurar a origem dos valores.
A defesa do ex-ministro também quer saber as circunstâncias da operação da Polícia Federal, quais pessoas foram ouvidas, e principalmente, qual agente atendeu à ligação denunciando a existência do esconderijo.
Para Dodge, os pedidos devem ser negados. Na avaliação da procuradora-geral, o trabalho de inteligência da Polícia Federal é “discreto, compartimentado e sigiloso”.
Os advogados de Geddel também pediram acesso às perícias realizadas nas digitais encontradas nas cédulas do “bunker”. Para Dodge, esse pedido, sim, deve ser atendido.
Ex-assessor
Sobre as alegações de Job Brandão, que afirmou que devolvia até 80% do salário a Geddel e ao irmão dele, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Dodge afirmou que a PGR deve tomar as “providências necessárias no tempo certo”.
Brandão pediu a redução da fiança de 50 para 10 salários mínimos, alegando não ter condições de arcar com o pagamento.
Dodge considerou que as informações prestadas por ele, se comprovadas, “confirmariam sinais de ausência de bens em sua casa e da falta de outros bens”, e pediu a fixação da fiança mínima, de R$ 3.123,24.