PGR pede prisão preventiva de Carla Zambelli, que deixou o Brasil e desafia STF: “Na Itália, sou intocável”

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou nesta terça-feira (3) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após a parlamentar deixar o Brasil dias depois de ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão, por envolvimento na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Zambelli anunciou que está fora do país e alegou que viajou inicialmente para realizar um tratamento médico. A deputada bolsonarista informou ainda que pretende pedir licença do mandato para permanecer no exterior.

Apesar de ter tido o passaporte apreendido em 2023, o documento foi devolvido. Atualmente, Zambelli está nos Estados Unidos, mas deve seguir para a Europa, com a Itália como destino provável. A parlamentar possui cidadania italiana, o que dificulta um eventual processo de extradição.

“Quero anunciar que estou fora do Brasil há alguns dias. Vim a princípio por conta de um tratamento médico que já realizava aqui, e agora vou solicitar afastamento do cargo, como prevê a Constituição — o que inclusive Eduardo [Bolsonaro] já fez”, declarou Zambelli.

Questionada sobre a possibilidade de estar fugindo da Justiça, a deputada negou e classificou sua saída como um ato de “resistência”. Em entrevista à CNN, desafiou o STF: “Tenho passaporte italiano, podem acionar a Interpol que não me tiram da Itália. Sou cidadã italiana, lá sou intocável, a não ser que a Justiça italiana me prenda — e não vai ser o Alexandre de Moraes. Vai ser a Justiça italiana. Estou pagando para ver”.

Todo o conteúdo deste portal é protegido por leis de direitos autorais. Para republicação ou uso, entre em contato com nossa equipe de suporte.

Rolar para cima