Pinheiro começa conversas sobre filiação até o fim do ano, mas tem futuro político indefenido 

O secretário de Educação do Estado, Walter Pinheiro (sem partido), não deve definir tão cedo que destino terá após ter saído do PT, em março deste ano. Passado o período eleitoral, porém, começam ainda este ano as discussões em torno da eventual ida para outro partido – o que pode vir a nem acontecer.

“A seara de conversas ainda não foi aberta. Eu espero aí, talvez até o final do ano, definir aí pelo menos um cronograma de diálogo para ver se efetivamente eu volto a ter filiação partidária ou se eu vou discutir, talvez quem sabe, uma mudança de rumo na minha vida, enquanto agente público, de forma relativamente radical”, explica. 

“Essa é a discussão que eu tenho feito não só com diversos parceiros fora, como também os meus principais parceiros de dentro, que esses aí são a minha família. A gente vê qual é a nossa trajetória, e efetivamente qual é o caminho que eu posso adotar”, completa. 

Apesar de ainda não ter iniciado negociações, para não criar expectativas, o senador licenciado sinaliza que já existem interlocuções informais sobre o assunto. Na última quinta-feira (20), encontrou o senador Otto Alencar (PSD-BA) durante evento na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Senai/Cimatec, com a presença do ministro da Ciência e Tecnologia Gilberto Kassab, presidente licenciado do partido. Assim como Otto negou que tenha feito convite, Pinheiro também minimizou a conversa com os caciques da sigla.

 “Teve até uma brincadeira de Otto ontem. Eu disse a Otto, a melhor situação nossa é essa: se você disser que me convidou, desculpe, todo mundo vai achar que estou me passando por rogado. Na realidade, é isso, por isso que eu disse as pessoas, é melhor que ninguém me convide, para que não tenha também nenhuma negativa minha nessa coisa”.

Mas apesar do congressista ter justificado a ausência de um convite com o “berçário” que precisa cuidar (entenda), o secretário já acenou com a posição na qual se apresenta. “Ele [Otto] até brincou o negócio do berçário, eu brinquei com ele: ‘o berçário não cabe para mim’. Na [Secretaria de] Educação não tem creche, onde eu estou trabalhando. E também eu não tenho mais idade para frequentar berçário. Portanto deve estar cheio lá para alguém mais novo do que eu ou alguém que está na creche, ainda tentando ir para o partido de Otto”.

 Destacando sua experiência, o ex-petista só deve aceitar um convite considerando o espaço disponível. “Eu quero também que cada partido enxergue como é que a minha contribuição pode ajudar, e não como os partidos podem me ajudar para qualquer coisa que porventura eu possa me colocar”, aponta. De certeza, quer se manter na base do governador Rui Costa, o que já ajuda a reduzir as opções em tempos de movimentação de aliados. 

“Isso determina basicamente qual é o espectro. Óbvio que os partidos vão se mexer, para aqui, para ali, para acolá; vão ter mudanças, gente de um lado, para o outro. Esse arco de aliança no entorno do governador Rui Costa, é um arco de aliança que eu pretendo estar”. O lado que um partido assumirá será um dos “elementos decisivos de sua decisão”. 

“Eu diria que o norteador disso tem a ver com o primeiro compromisso. Todos nós, mesmo eu tendo saído do PT, que participamos do processo eleitoral com o governador Rui Costa, temos um compromisso com ele que se estende, inclusive, ao pós-18 [2018]. Então, portanto, ele é o nosso candidato a um processo de reeleição, ainda existe, não há nenhum motivo de ser diferente disso”, finalizou.

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