“PP na Bahia vive divisão interna sobre federação com União Brasil”, diz Mário Negromonte

Em entrevista nesta segunda-feira (7), o deputado federal e presidente estadual do PP na Bahia, Mário Negromonte Júnior, revelou que o partido enfrenta divisões internas sobre a possível federação com o União Brasil. O parlamentar demonstrou ceticismo quanto à concretização da aliança antes das eleições de 2026 e levantou dúvidas sobre sua continuidade pós-pleito.
Negromonte destacou que:
– 41 prefeitos filiados ao PP na Bahia mantêm forte vínculo com sua liderança
– Qualquer decisão sobre a federação exigirá consenso entre as duas cúpulas partidárias
– A iniciativa depende agora exclusivamente do União Brasil
“O partido hoje está dividido aqui no estado. Muitos filiados aguardam minha posição e de outros líderes antes de se manifestarem”, afirmou o deputado.
O progressista enumerou obstáculos:
Dificuldade de homologação antes de outubro de 2026
Incerteza sobre manutenção da aliança após as eleições
Necessidade de aprovação em convenções partidárias. “Mesmo que aprovada, será que resistirá até o pleito? Há muitas variáveis em jogo”, questionou Negromonte, sugerindo que o processo pode ser mais complexo do que o anunciado.
A declaração expõe:
– Fratura na base aliada do governador Jerônimo Rodrigues (PT)
– Disputa por espaço entre PP e União Brasil no cenário estadual
– Estratégia indefinida para 2026, quando 41 prefeituras propostas estarão em jogo
O impasse deve ser discutido nas próximas semanas, com reuniões marcadas entre as executivas nacionais dos dois partidos. Enquanto isso, a bancada baiana do PP segue dividida entre apoiadores e críticos da aliança.
A possível federação, que uniria a segunda e terceira maiores bancadas da Câmara, enfrenta resistências em vários estados, mas a crise na Bahia – reduto tradicional do PP – pode comprometer todo o projeto nacional.