Prefeitura promove ação cultural no circo para crianças e adolescentes do CAPSi

 Prefeitura promove ação cultural no circo para crianças e adolescentes do CAPSi

Em uma noite repleta de cores, risadas e aplausos, crianças e adolescentes atendidos pelo Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) de Lauro de Freitas viveram uma experiência inesquecível no mundo encantado do circo. A ação, promovida pela Diretoria de Atenção aos CAPS, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SESA), integrou cultura, saúde e inclusão, quinta-feira (3/7), no Circo Kroner, montado na Avenida Luís Viana Filho, também conhecida como Avenida Paralela, em Salvador.

Mais do que um momento de entretenimento, a atividade teve como objetivo proporcionar vivências culturais e estimular a socialização, favorecendo o desenvolvimento emocional, educacional e social dos participantes. O espetáculo, um dos mais tradicionais e queridos pelo público infantil, contou com a parceria do próprio circo, que disponibilizou ingressos para os usuários do CAPSi e seus acompanhantes.

A psicóloga Taiana Campelo, do CAPSi, destacou a relevância de iniciativas como essa. “Muitas vezes, esses momentos representam as primeiras oportunidades que esses usuários têm de acessar serviços que pertencem à sociedade. Um dos trabalhos do CAPS é justamente esse: promover a transição de um espaço fechado para que a saúde mental possa transitar por todos os ambientes”, disse ao completar: “uma das propostas é que o centro esteja presente em todos os espaços da sociedade, para que as famílias consigam atravessar as barreiras do preconceito e dos medos, acessando os mesmos serviços que toda a população acessa”.

Para muitas crianças, essa foi a primeira vez em um circo, e o impacto foi marcante. Luciana dos Santos Queiros, mãe de Emanuel, de 6 anos, autista grau 1 com hiperatividade, falou sobre a emoção de vivenciar esse momento ao lado do filho. “É a primeira vez que meu filho Emanuel vem ao circo. Ele sempre teve esse desejo, queria muito estar aqui, e essa experiência é muito importante para o crescimento dele. Sabemos que, muitas vezes, pessoas autistas não são bem-vistas pela sociedade, e esse evento contribui muito para que ele entenda que uma pessoa autista pode, sim, viver e ocupar qualquer espaço”.

Daniel Apóstolo, pai de Riquelme, de 15 anos, autista grau 2, também compartilhou sua percepção sobre a importância da ação. “Meu filho é um pouco fechado, e ações como essa o ajudam bastante. Ele tem dificuldade para socializar e, em momentos como esse, começa a interagir com outras pessoas”.

Esse tipo de atividade reforça o compromisso da gestão municipal com a promoção da inclusão e do cuidado em saúde mental, por meio de experiências que integram cultura, educação e assistência. Dias como esse no circo mostram como é possível transformar a vida de crianças e adolescentes, oferecendo novas formas de pertencimento, aprendizado e construção de vínculos sociais.

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