Presidente da BAMIN descarta mudanças no trajeto da FIOL e aponta desafios para conclusão do projeto

 Presidente da BAMIN descarta mudanças no trajeto da FIOL e aponta desafios para conclusão do projeto

Durante audiência na Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), nesta terça-feira (29), o presidente da Bahia Mineração (BAMIN), Eduardo Ledsham, foi categórico ao descartar qualquer possibilidade de mudança no traçado da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL).

“Após a concessão, fizemos uma varredura quilômetro a quilômetro da ferrovia, avaliando a qualidade de mais de 55 obras. A estrutura está dentro do esperado, apesar de pequenos ajustes pontuais. Transportar 26 milhões de toneladas de minério, além do potencial de 7,5 milhões de toneladas de grãos — que, em densidade, equivalem a 21 milhões de toneladas de minério — exige exatamente o trajeto planejado. Não há outro porto disponível, licenciado e com obras iniciadas para suportar essa operação. Qualquer outra alternativa beira o delírio”, afirmou Ledsham.

Sobre os prazos para conclusão das obras, o presidente da BAMIN citou o evento de 2023 com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia renovado as expectativas em torno do avanço do projeto. No entanto, Ledsham pontuou que a ausência de um parceiro estratégico ainda impede a aceleração das obras.

“No ato de 2023, o presidente Lula me cobrou rapidez, mas, infelizmente, a definição desse parceiro estratégico ainda não aconteceu. Sem essa parceria, a estrutura de capital necessária para dar velocidade ao projeto permanece indefinida”, explicou.

Ledsham também esclareceu que o grande entrave hoje não é a ferrovia em si, mas a construção do Porto Sul, que demanda um prazo estimado de 48 meses.

“A FIOL poderia ser concluída em 28 a 30 meses, mas o gargalo está no porto, que, por ser de águas profundas, exige pelo menos quatro anos para ser finalizado. Se tivéssemos a definição hoje, o prazo seria de 48 meses”, avaliou o executivo.

O presidente da BAMIN reforçou que o ritmo das obras dependerá da consolidação do capital próprio e da obtenção de financiamento adequado, fundamentais para a retomada plena do projeto que é considerado estratégico para a logística e a economia do estado da Bahia.

 

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