Pressão 12 por 8 agora pode ser considerada alta; entenda o motivo

 Pressão 12 por 8 agora pode ser considerada alta; entenda o motivo

Os médicos agora apontam que níveis abaixo dessa marca podem ser ainda mais benéficos, especialmente para reduzir o risco de doenças cardiovasculares (DCV).

As orientações, coordenadas pelo Prof. John William McEvoy, da Universidade de Galway, e pela Profª Rhian M. Touyz, da Universidade McGill, destacam que o risco associado à pressão arterial (PA) segue uma escalada contínua, não binária.

Ou seja, mesmo a pressão moderadamente elevada, como 120-129 mmHg para a pressão sistólica e 70-89 mmHg para a diastólica, aumenta o risco de DCV, o que levou à criação da nova categoria de “PA elevada”.

Hipertensão: Por que a mudança?

As evidências mais recentes demonstram que níveis elevados de PA, mesmo abaixo do limite tradicional de hipertensão (140/90 mmHg), podem aumentar o risco de problemas cardíacos.

Assim, a meta para pacientes que tomam medicamentos de controle de pressão foi ajustada para uma pressão sistólica de 120-129 mmHg.

Segundo os especialistas, essa faixa ideal é mais eficiente na redução de DCV, embora seja flexível para que médicos e pacientes decidam juntos sobre o tratamento, considerando aspectos como estilo de vida e tolerância.

Qual é a nova meta de tratamento?

Uma nova recomendação propõe que a maioria dos pacientes seja tratada para atingir uma pressão sistólica entre 120-129 mmHg logo de início, ao invés de adotar o método anterior que só visava essa meta após um primeiro controle em 140/90 mmHg. Se a redução intensiva não for tolerada, um objetivo mais moderado é indicado.

Em idosos com menos de 85 anos e sem fragilidade moderada ou grave, o tratamento segue as mesmas diretrizes que para adultos mais jovens, desde que bem tolerado.

Estilo de vida e medicação

Para indivíduos com “PA elevado”, recomenda-se, inicialmente, uma intervenção baseada no estilo de vida por três meses.

Caso o risco de DCV seja superior a 10% em 10 anos e os níveis de PA continuem elevados (≥ 130/80 mmHg), o uso de medicamentos é recomendado para reduzir o risco de complicações.

Estudo

Com o envelhecimento populacional e a alta prevalência de hipertensão, as diretrizes reforçam a necessidade de controlar a PA de forma mais rigorosa e precoce, aponta o estudo.

A nova abordagem visa, principalmente, garantir que a maioria das pessoas sejam especializadas para prevenir resultados fatais, como infartos e derrames.

O foco, portanto, não é apenas reduzir a pressão, mas promover a saúde cardiovascular de forma mais ampla e preventiva, destaca a pesquisa.

Por fim, essa mudança de paradigma coloca a pressão 12 por 8 como um ponto de atenção, com os médicos agora buscando níveis ainda mais baixos para garantir uma vida longa e saudável.

Entenda os novos entendimentos:

  • Mudança no termo: A pressão arterial elevada (PA) é agora vista como um espectro contínuo, não é uma escala binária de normotensão versus hipertensão.
  • Nova categoria: Introdução da categoria “PA elevada”, definida como PA sistólica de 120–139 mmHg e PA diastólica de 70–89 mmHg.
  • Meta mais rigorosa: A nova meta de tratamento para a maioria dos pacientes é uma PA sistólica de 120–129 mmHg, diferente da abordagem antiga que visava inicialmente <140/90 mmHg.
  • Flexibilidade no tratamento: O tratamento para PA mais baixo pode ser ajustado para pacientes que não toleram metas tão agressivas.
  • Estilo de vida primeiro: Para pacientes com “PA elevado”, é recomendado tratamento com mudanças de estilo de vida por 3 meses antes de considerar a medicação.
  • Medicamento para alto risco: Após 3 meses de intervenções no estilo de vida, se o PA se mantiver ≥ 130/80 mmHg e o risco de DCV para alto (≥ 10% em 10 anos), medicamentos são indicados.
  • Idosos: Em pessoas com menos de 85 anos sem fragilidade moderada ou grave, as metas de tratamento são as mesmas que para adultos mais jovens, desde que bem toleradas.
  • Foco em resultados clínicos: As recomendações para medicamentos são baseadas em evidências de redução de eventos cardiovasculares fatais e não fatais, não apenas na redução da PA.

Confira o estudo completo.

Conceitos médicos

  • Pressão arterial (PA): É a força que o sangue exerce nas paredes das artérias enquanto circula pelo corpo. A medição é dada em dois números: o maior (sistólica) é a pressão quando o coração bate, e o menor (diastólica) é a pressão entre os psicológicos. Exemplo: 120/80 mmHg.
  • Doença cardiovascular (DCV): Refere-se a problemas que afetam o coração e os vasos sanguíneos, como infarto (quando o coração não recebe sangue suficiente) e AVC (acidente vascular cerebral, quando o cérebro tem falta de sangue ou oxigênio).
  • Hipertensão: É o termo médico para pressão alta, quando a força do sangue contra as paredes das artérias é consistentemente alta, o que pode causar problemas de saúde, como doenças cardíacas.
  • Sistólica e diastólica: A pressão sistólica é o número mais alto e representa a pressão quando o coração está bombeando sangue. A pressão diastólica é o número mais baixo, mostrando a pressão quando o coração está em tranquilidade entre os corações.
  • Meta de tratamento: Refere-se ao objetivo que os médicos tentam alcançar para controlar a pressão arterial do paciente. A meta recomendada agora é uma pressão sistólica entre 120 e 129 mmHg para reduzir o risco de doenças cardíacas.

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