Quem são as vítimas de queda de avião em MG
Sete pessoas morreram após um avião de pequeno porte cair na manhã deste domingo (28) no Bairro Monjolinho, zona rural de Itapeva (MG). A aeronave saiu de Campinas (SP) com destino a Belo Horizonte (MG). Os passageiros são dois empresários do setor financeiro, as esposas e filho de um deles. O piloto e copiloto também morreram
Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, o avião caiu por volta de 10h36, mas, antes de cair, a aeronave se desintegrou no ar. De acordo com a Polícia Civil, no avião havia cinco passageiros, sendo dois homens, duas mulheres e uma criança do sexo masculino e dois tripulantes (piloto e copiloto).
Dois dos passageiros são Marcílio Franco e André Amaral, empresários do setor financeiro. Eles são sócios-fundadores da CredFranco. Nas redes sociais, a empresa publicou uma nota de pesar e informou que os empresários estavam com os familiares no avião.
- Marcílio Franco da Silveira, de 42 anos:
Marcílio era presidente da Associação Nacional de Empresas Correspondentes Bancárias (Anec). Ele era fundador e presidente da CredFranco e um dos fundadores da associação. Nas redes sociais, Marcílio se dizia apaixonado por cavalos.
“Marcílio Franco deixa um legado de trabalho e dedicação que será sempre lembrado por todos que tiveram a oportunidade de conhecê-lo”, disse a associação por meio de uma nota de pesar compartilhada nas redes sociais.
- André Rodrigues do Amaral, de 40 anos:
André era sócio de Marcílio Franco, na Credfranco, e fazia parte do Conselho da Anec desde a sua fundação.
Nas redes sociais, a CredFranco informou que estará de luto nesta segunda-feira (29) e prestará todo apoio aos familiares e colaboradores. Informações sobre velórios e homenagens às vítimas serão ditas posteriormente.
- Raquel Souza Neves Silveira, de 40 anos: esposa de Marcílio
- Antônio Neves Silveira, de 2 anos: filho de Raquel e Marcílio
- Fernanda Luísa Costa Amaral, de 38 anos: esposa de André
- Geberson Henrique Tadeu Chagas Pereira: piloto. Os bombeiros informaram que Geberson é de Belo Horizonte.
Gabriel de Almeida Quintão Araújo, de 25 anos: copiloto
Gabriel de Almeida Quintão Araújo – acidente avião em Itapeva (MG) — Foto: Reprodução
O acidente
O acidente aconteceu por volta de 10h36 da manhã deste domingo. O avião saiu de Campinas (SP) com destino a Belo Horizonte (MG), mas caiu em Itapeva (MG). A causa da queda não havia sido informada até o momento desta publicação. Moradores informaram que choveu forte na manhã deste domingo em Itapeva.
Conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave de matrícula PS-MTG foi fabricada em 1996 pela Piper Aircraft, é registrada como uma aeronave de serviço aéreo privado e não possui permissão para realizar táxi aéreo. Ela estava com situação normal para aeronavegabilidade.
O avião pertencia a uma empresa de crédito financeiro com sede em Belo Horizonte (MG). A EPTV, afiliada Globo, conversou com o sócio desta empresa responsável pela aeronave, que é morador de Pouso Alegre (MG).
Duas pessoas estavam desaparecidas, mas a médica-legista da Polícia Civil Tatiana Teles informou que os corpos foram encontrados embaixo do avião.
“Aeronave se partiu em três fragmentos maiores, é claro que houve fragmentos menores, em perímetro de alcance grande. Nós temos as asas e o núcleo da aeronave. Dentro do núcleo da aeronave estavam os 7 corpos. Só que esta aeronave caiu de cabeça pra baixo. Nós fizemos a retirada de quatro corpos, que era possível fazer a retirada na posição que eles estavam. Depois, o Corpo de Bombeiros nos auxiliou e essa aeronave foi virada com a autorização do Cenipa. E nós fizemos a retirada dos demais, inclusive dos tripulantes”, explicou a médica-legista.
Retirada dos corpos e identificação das vítimas
A Polícia Civil informou que está no local para os trabalhos de praxe. De acordo com a médica-legista, os corpos foram encaminhados para o IML de Pouso Alegre. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) foi acionado e deve conduzir os trabalhos.
Segundo a polícia, até o momento, não foi possível fazer a identificação oficial dos corpos.
“Foram encontrados documentos. Nós vamos fazer a confrontação datiloscópica com aqueles que foram possíveis ser feita a confrontação. Os demais nós vamos ver as técnicas de antropologia forense ou DNA que forem necessárias para fazer a identificação. Estes documentos existem, mas não necessariamente são destas pessoas. […] Não tem como fazer identificação visual porque o nível do impacto da aeronave não permite”, explicou Tatiana.
Até o momento não há informações precisas sobre as circunstâncias do acidente.