Quem são os ministros da 1ª Turma do STF que vão julgar Bolsonaro
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Após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar Jair Bolsonaro (PL) e 33 aliados por tentativa de golpe de Estado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), será o responsável por analisar a acusação. Ele, como relator do caso, deve encaminhá-la à Primeira Turma da Corte, que decidirá se os denunciados se tornarão réus.
De acordo com o regimento interno do STF, a Primeira Turma também terá a responsabilidade de julgar os envolvidos. No entanto, a ação penal pode ser levada ao plenário, o que mudaria o curso da decisão. Caso a análise não seja transferida ao plenário, o futuro de Bolsonaro ficará sob a responsabilidade de cinco ministros: Alexandre de Moraes (presidente da Primeira Turma), Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino.
A composição da Primeira Turma é vista como desfavorável ao ex-presidente, especialmente porque os dois ministros por ele indicados, Nunes Marques e André Mendonça, fazem parte da Segunda Turma. Além disso, os membros da Primeira Turma, como Moraes e Flávio Dino, têm históricos de atritos com Bolsonaro, o que reforça a percepção de que a turma não é alinhada com o ex-presidente.
Em defesa de Bolsonaro, o advogado Paulo Amador Cunha Bueno argumenta que Moraes não deveria julgar o caso, já que ele próprio é considerado uma das vítimas do suposto plano golpista, que incluía até um projeto de assassinato do ministro, do presidente Lula e do vice, Geraldo Alckmin. Outro fator que gera polêmica é o envolvimento de Flávio Dino, que foi ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Lula, e de Cristiano Zanin, advogado de Lula durante o julgamento da Operação Lava Jato.
Nas redes sociais, os brasileiros repercutiram a informação. “Caiu no grupo da morte da Libertadores”, comentou um internauta, constatando que foi a pior situação possível para o ex-presidente. Um apoiador de Bolsonaro criticou a possibilidade. “É a mesma coisa que o Batman ser julgado pelo Coringa, Pinguim, Duas Caras e Charada”. “5 a 0 ou 4 a 1?”, questionou um terceiro.