Rede Sustentabilidade estuda lançar candidatura
A pouco mais de dois meses das eleições municipais, o partido Rede Sustentabilidade estuda a possibilidade de lançar uma candidatura à prefeitura de Salvador.
Segundo o presidente estadual da legenda, Júlio Rocha, há uma forte tendência para que isso venha a se concretizar. “Existe uma demanda interna muito grande e externa de outros partidos. Vamos encontrar uma solução. Temos uma resolução que indica o lançamento de uma candidatura própria. E um requisito para coligar”, declarou, informando que três nomes são cotados para encabeçar a eventual chapa: o ambientalista Sílvio Ribeiro, o advogado Francisco José e o produtor cultural Babuca Grimaldi.
Rocha, entretanto, não especificou quais partidos estariam reivindicando a candidatura da Rede, e que eventualmente poderiam apoiá-la caso seja esse o caminho a seguir. Ainda assim, ele informou que houve conversas com o PSOL, PCdoB e PSB, com os quais pode unir forças caso a ideia de uma candidatura própria não tenha fôlego para ir adiante. No entanto, ele não quis dizer se pretende aderir a Alice Portugal (PCdoB), a Fábio Nogueira (PSOL) ou, ainda, a Cláudio Silva (PP). Segundo informou, reuniões estão marcadas para hoje e sábado para tratar do assunto, além de afunilar as pré-candidaturas de vereadores, que já teriam chegado a 25. A expectativa é que haja uma definição até o dia 31 de julho, possível data para a convenção do partido. “Temos conversado e vamos ver o que é melhor para a cidade”, disse.
O prazo para a realização das convenções partidárias começou ontem e terminará no dia 5 de agosto, quando as legendas deverão apresentar uma definição.
Ainda segundo o presidente, a ideia está sendo tratada com “muito cuidado”, dada a representatividade do partido no país. “Estamos com candidatos em 15 capitais, fechamos apoio em Vitória da Conquista, em Feira de Santana, em Camaçari com o PCdoB”, pontuou, aproveitando para criticar a gestão do prefeito ACM Neto (DEM). “Temos um projeto para a cidade. Apesar do aparente embelezamento da cidade, falta uma cultura participativa, de uma política que ouça a população, falta um eixo de preservação ambiental. Queremos uma administração que se preocupe com isso”, assinalou.
Rocha também criticou a reforma que reduziu o tempo da campanha eleitoral de 90 para 45 dias, e o período de propaganda no rádio e na TV, de 45 para 35 dias. “Sugiro que a gente radicalize o processo democrático, pois será uma eleição muito curta. Precisamos de tempo para discutir a cidade”, defendeu. Com informações Guilherme Reis.