‘Revolta muito grande’, diz irmã do oficial morto na pizzaria em Lauro de Freitas

 ‘Revolta muito grande’, diz irmã do oficial morto na pizzaria em Lauro de Freitas

Familiares e testemunhas que presenciaram o assalto que terminou na morte do militar da Marinha Mercante, Carlos Henrique de Azevedo Sampaio, de 30 anos, começaram a ser ouvidos nesta terça-feira (8) pela Polícia Civil.

Carlos Henrique foi morto com um tiro dentro de uma pizzaria durante um assalto, na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, na quinta-feira (3).

Reprodução/TV Bahia

Segundos informações do G1, na delegacia, parentes da vítima falaram sobre o crime. De acordo com um dos irmãos, a mãe de Carlos Henrique tem 62 anos e está em estado de choque.

Além dela, a vítima estava na companhia do pai, de 73 anos, uma tia também idosa, e uma prima. Ele comemorava uma promoção no posto de trabalho na Marinha Mercante, quando ocorreu o assalto na pizzaria.

De acordo com Saulo Azevedo, irmão da Carlos Henrique, após o crime, a família ficou desestruturada.

A família da vítima continua negando a versão dos funcionários de que Carlos Henrique teria reagido ao assalto e disseram que eles não perceberam que se tratava de uma ação criminosa. Segundo os parentes, os dois homens entraram no restaurante e não mostraram nenhuma ação agressiva.

Carla Azevedo, irmã da vítima, comentou que os homens chegaram na mesa e disseram que estavam recolhendo os telefones celulares. De acordo com ela, o modo com que os suspeitos agiram fez parecer que se tratava de uma “brincadeira” de funcionários do restaurante.

Em entrevista ao Portal G1, a irmã de Carlos disse que “Ele não deu voz de assalto e eles [os familiares à mesa] pensaram que era alguma brincadeira do próprio restaurante. Eles [os criminosos] recolheram os celulares e meu irmão levantou. Neste momento, pensando que era uma brincadeira, perguntou do que se tratava e pediu o celular [de volta]. Na hora que ele levantou, a gente não sabe se o suspeito deu o tiro ou se foi uma outra pessoa que disparou”.

Carla disse que o estabelecimento não prestou auxílio aos parentes que testemunharam o latrocínio e pessoas que estavam do lado de fora da pizzaria ampararam a família e acionaram o serviço de socorro médico.

“Meus pais estão acamados e minha mãe, medicada. Ontem a gente conseguiu levar ela ao psiquiatra porque ela quer encerrar a própria vida. A gente está em uma revolta muito grande porque é uma dor que nenhuma mãe deveria passar. A linha da vida não é essa, é o filho que deveria enterrar a mãe. Mas foi a mãe que enterrou o filho caçula”, comentou.

Reprodução: Redes Sociais

Os irmãos da vítima disseram que a direção do restaurante informou que as câmeras do estabelecimento estavam com defeito e não flagrou a ação criminosa. A família pede que comerciantes vizinhos colaborem com imagens que possam identificar os suspeitos.

O restaurante funciona há 40 anos e os administradores disseram que essa foi a primeira vez em que ocorre um crime como este. A gestão do local confirmou que o caso não foi registrado pelo circuito interno e que as câmeras estavam quebradas há uma semana.

A equipe do Bnews procurou a Polícia Civil, que emitiu nota:

“O inquérito policial está em andamento e todas as medidas de polícia judiciária estão sendo adotadas. Detalhes da investigação não podem ser passados para não atrapalhar as apurações.” 

De acordo com funcionários do restaurante, três homens chegaram ao restaurante no HB-20 branco, sendo que um ficou no carro e os outros dois entram e se passaram por clientes. Posteriormente, a dupla anunciou o assalto e começou a recolher os pertences dos clientes.  Ao chegar a mesa da vítima, um dos bandidos foi imobilizado por Carlos, que foi baleado nas costas por outro assaltante.  

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