Rosemberg afirma que espaço para debater MST é no Congresso e critica interferência do Judiciário no Legislativo baiano

 Rosemberg afirma que espaço para debater MST é no Congresso e critica interferência do Judiciário no Legislativo baiano

O líder do Governo Jerônimo Rodrigues na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Rosemberg Pinto (PT), defendeu, nesta terça-feira (8), que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é de responsabilidade do Congresso Nacional.

“O deputado Adolfo [Menezes, então presidente], seguindo a orientação da Procuradoria da Casa Legislativa, arquivou esse processo entendendo que aqui não é seara para debater esse tema. Esse é um tema de reflexão do Congresso Nacional, que já foi debateu e implementou uma determinada posição”, defendeu o líder governista durante sessão plenária, ao criticar a interferência do Poder Judiciário no Poder Legislativo, após a presidente, deputada Ivana Bastos (PSD), acatar uma ordem judicial do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinando a instalação do colegiado.

“Me solidarizo com a nossa presidenta. O Tribunal de Justiça, ao tomar uma decisão, mandou notificar a presidenta fora do espaço legislativo. A presidenta tem o seu local, é aqui o local, nesse espaço, que ela se encontra. É um acinte sair procurando em cada local onde a presidenta está, o oficial de justiça, para fazer a sua notificação”, criticou o parlamentar.

Rosemberg afirmou ainda que o MST é uma instituição respeitada, que luta por reforma agrária. “Se as pessoas não concordam, defendam outra pauta, mas não queiram criminalizar o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e os seus dirigentes, como o deputado federal Valmir Assunção. Aqui nesse plenário, até pouco tempo, estava a deputada Lucinha, que é originalmente uma militante do MST, e a gente não pode aceitar que essas pessoas sejam chamadas de criminosas”, condenou.

Encerrada em setembro de 2023, a CPI do MST no Congresso Nacional nem chegou a colocar para votação o relatório, já que o colegiado não evidenciou os reais problemas do campo, servindo apenas como palanque político para a direita e a extrema-direita bolsonarista avançar no processo de criminalização da luta em defesa da reforma agrária.

 

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