Rosemberg condena criminalização dos povos indígenas no Extremo-Sul e defende posionamento do Parlamento

O líder do Governo Jerônimo Rodrigues na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Rosemberg Pinto (PT), condenou a criminalização das comunidades indígenas que vivem no Extremo-Sul da Bahia, região que tem registrado conflitos por terras.
“A comunidade indígena é a mais castigada pela disputa agrária naquela região”, afirmou o parlamentar durante discurso no plenário da Alba.
Para Rosemberg, há um “senso comum” de se buscar uma solução para o conflito, “respeitando os interesses de todos”. “Sem deixar de registrar alguns processos de violência, que muitas vezes reverbera uma violência, por um lado, o poder econômico acaba passando, através dos meios de comunicação, uma ideia que a violência é da minoria econômica, em relação à maioria econômica, mas não se reverbera quando essa maioria toma medidas como o assassinato de uma indígena em Potiraguá, que estava defendendo os seus interesses agrários”, lembrou.
Nesta quarta-feira (19), os secretários estaduais de Relações Institucionais, Adolpho Loyla, e de Segurança Pública, Marcelo Werner, desembarcaram em Teixeira de Freitas para se reunirem com produtores rurais, empresários e indígenas. De acordo com Rosemberg, uma audiência pública está prevista para acontecer na próxima terça (25), no Parlamento baiano, para discutir o tema.
“O Legislativo vai se posicionar, não do ponto de emitir uma posição unilateral, mas de ouvir as partes para que possamos ser um instrumento, um elo de diálogo para buscarmos uma solução”, disse.
O líder governista também condenou o uso político dos conflitos por opositores do governador Jerônimo Rodrigues. “Não podemos confundir e vejo o ex-prefeito de Salvador [ACM Neto] quando ele se posiciona, numa confusão. Ele não sabe separar violência e segurança pública, que é o ordenamento capaz de garantir que não tenha violência. E a violência é uma construção feita a partir de diversos fatores, inclusive a construção que o grupo político ligado ao ex-prefeito tem há 500 anos no Brasil, que foi não criar políticas públicas capazes de evitar que a violência se dê em torno da cooptação das pessoas mais vulneráveis da nossa sociedade”, defendeu o petista.