Rosemberg Pinto rebate críticas do Sintaj e defende diálogo entre Judiciário e Executivo sobre plano de carreira

O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Rosemberg Pinto (PT), respondeu nesta terça-feira (27) às críticas feitas por representantes do Sindicato dos Servidores do Judiciário (Sintaj), que o acusaram de ter se afastado das discussões sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) da categoria. Em entrevista ao programa Classe Política, o parlamentar reafirmou seu papel como interlocutor e disse que nunca rompeu o diálogo com os servidores.
“Em hipótese alguma deixei de recebê-los. Recebo todos aqui. Inclusive, hoje mesmo estive em reunião com servidores do Planserv e já marquei outro encontro com o secretário de Administração, a diretora do Planserv e a Comissão de Saúde. O Sintaj sempre foi recebido e continuará sendo”, afirmou o deputado.
Rosemberg explicou que a resolução do impasse em torno do PCCV está nas mãos do Judiciário e do Executivo estadual, e não da Assembleia. Segundo ele, o projeto chegou à Casa com vícios de constitucionalidade, o que impede sua tramitação imediata. “Nosso papel é alertar e cobrar que as partes sentem para resolver. A Assembleia não é o fórum para resolver um problema de gestão orçamentária entre dois poderes”, destacou.
O parlamentar também questionou a narrativa de que o Judiciário teria recursos suficientes para arcar com os custos do novo plano. “Existe uma margem dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal? Sim. Mas a pergunta é: o orçamento realmente comporta? Todos os anos o Judiciário, o Ministério Público e outros órgãos pedem suplementação. É preciso responsabilidade fiscal”, pontuou.
Em tom crítico, Rosemberg reprovou a ocupação do plenário por servidores durante a última manifestação. Ele lamentou o episódio, especialmente pelo impacto sobre a presidente da AL-BA, Ivana Bastos (PSD), que, segundo ele, sempre manteve a Casa aberta ao diálogo. “Ela ficou magoada. Foi surpreendida pela invasão após todo o esforço para intermediar uma solução entre Executivo e Judiciário. Não é com confronto que se avança”, disse.
Por fim, o líder do governo defendeu que o caminho seja o mesmo adotado pelo Ministério Público, que, após ajustes no projeto, já viabilizou a votação. “Não adianta cada um puxar para seu lado. O orçamento é um só. A solução passa pelo entendimento entre os poderes”, concluiu.