Rui Costa descarta debate sobre “chapa puro-sangue” e diz que eleições no Brasil são decididas por pessoas

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou nesta segunda-feira (15) que não faz sentido discutir a formação de uma eventual “chapa puro-sangue” para as eleições de 2026. A declaração foi dada durante agenda ao lado do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), em vistoria às obras de macrodrenagem do canal da Mangabeira, em Salvador, em meio às especulações sobre a composição da chapa governista.

“Não tem essa de puro-sangue ou não. Até porque a votação é em pessoas”, afirmou o ministro. Rui Costa comparou o modelo eleitoral brasileiro ao europeu, destacando que, enquanto em países da Europa o voto é predominantemente partidário, no Brasil a escolha do eleitor recai sobre os candidatos. “Na Europa você vota no partido, que representa uma política e uma ideologia. No Brasil é que você vota em pessoas”, pontuou.

De acordo com Rui Costa, esse formato inviabiliza a ideia de uma chapa baseada exclusivamente na origem partidária dos nomes. Para ele, o debate deve priorizar a trajetória, a experiência administrativa e a capacidade política dos possíveis candidatos. “Quando você vota em pessoas, não dá para falar de puro-sangue”, reforçou.

O ministro destacou ainda que, no campo do PT e da base aliada, a discussão envolve quadros experientes, como ex-governadores, que podem contribuir com o projeto político do governo federal. “Você está falando de nomes que são ex-governadores, que têm experiência e que cumprirão um papel para o presidente Lula”, afirmou.

Rui Costa classificou a definição da chapa como uma “aposta partidária” voltada ao fortalecimento do governo e ressaltou que a escolha deve considerar, sobretudo, a capacidade de articulação política e de sustentação do projeto no Congresso Nacional.