Rui rechaça fala de Bolsonaro sobre vacina: ‘Uma vergonha um presidente desse’

 

O governador da Bahia, Rui Costa (PT) rechaçou nesta terça-feira (29) declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra a obrigatoriedade das possíveis vacinas contra o novo coronavírus. Para o governador, apesar de o mandatário “mentir” e fazer “desdém” de uma questão de saúde pública, a população não se deixará contaminar pelo “vírus” de sua “ignorância”.

“É uma tristeza um presidente desse, uma vergonha para o país. O mundo inteiro, há décadas, há séculos, cuida de diminuir o número de mortes da humanidade, fazendo campanha de vacinação para crianças, para paralisia infantil, para outros tipos de doença, e o presidente vai a público desestimular, desencentivar, colocar em dúvida a política de vacinação”, lamentou Rui Costa, em conversa com jornalistas numa agenda no bairro de Jaguaribe.

“Por muitas décadas, mesmo no regime militar, o Brasil se consolidou como um dos principais países com política exitosa de vacinação da sua população. Conseguiu superar doenças crônicas, como a paralisia infantil, rapidamente com uma política nacional e eficiente de vacinação da população. Vários governos mantiveram isso, defenderam isso e esse sempre foi um patrimônio do Brasil. Hoje o presidente faz desdém, mente, coloca dúvida na cabeça população. É muito ruim isso”, prosseguiu.

Para Rui Costa, apesar da retórica diversionista de Bolsonaro, “o povo não vai se contaminar pelo vírus da ignorância do presidente”.

Na segunda (10), em conversa com apoiadores, Bolsonaro voltou a dizer que a imunização não será obrigatória. A fala foi uma resposta ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para quem vacinação contra a Covid-19 no estado será obrigatória, exceto para pessoas que apresentem alguma restrição avalizada por um médico.

“O meu ministro da Saúde já disse claramente que não será obrigatória esta vacina e ponto final”, declarou Bolsonaro a apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, como mostra vídeo divulgado por bolsonaristas.