Rússia e China condenam bombardeios dos EUA ao Irã: “decisão irresponsável”

 Rússia e China condenam bombardeios dos EUA ao Irã: “decisão irresponsável”

Os recentes ataques aéreos realizados pelos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã provocaram forte reação da comunidade internacional. Em especial, Rússia e China emitiram comunicados oficiais condenando a ação norte-americana, classificando-a como uma “decisão irresponsável” e uma grave violação do direito internacional.

💥 O ataque

Na madrugada do sábado (22), os EUA lançaram a “Operação Midnight Hammer”, que mirou três complexos nucleares iranianos — Natanz, Fordow e Isfahan. A ofensiva utilizou bombardeiros B‑2 stealth e mísseis Tomahawk disparados por submarinos, com o objetivo de desestruturar o programa nuclear de Teerã.

Segundo o Pentágono, os ataques causaram “danos severos” às capacidades nucleares do Irã. O governo norte-americano alegou que a operação foi uma resposta preventiva à escalada de ameaças e movimentações militares iranianas no Oriente Médio.

🌐 Reação internacional

🇷🇺 Rússia

Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia condenou veementemente os bombardeios. O Kremlin afirmou que a ação representa uma violação da Carta das Nações Unidas e um grave risco à paz regional.

“O uso unilateral da força para atacar um país soberano, sem autorização do Conselho de Segurança da ONU, é absolutamente inaceitável. Trata-se de uma decisão irresponsável, que pode desencadear consequências imprevisíveis em toda a região do Oriente Médio”, destacou o comunicado.

O ex-presidente russo Dmitri Medvedev também se manifestou, ironizando Donald Trump — que atualmente ocupa novamente a presidência dos EUA — por “se apresentar como pacificador enquanto espalha mais uma guerra”.

🇨🇳 China

A China seguiu a mesma linha de crítica, com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores afirmando que os ataques representam uma “violação séria do direito internacional”. Pequim apelou por moderação e defendeu o retorno imediato ao diálogo diplomático entre as partes envolvidas.

“Ações militares unilaterais só agravam a tensão e colocam em risco a segurança regional. A China está disposta a trabalhar com a comunidade internacional para restaurar a paz e proteger os princípios do multilateralismo”, declarou o governo chinês.

🕊️ Clamor por cessar-fogo

Diante da gravidade da situação, o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência. Rússia, China e países como Paquistão e Turquia defendem a aprovação de uma resolução exigindo cessar-fogo imediato e a retomada de canais diplomáticos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou o apelo por contenção: “Não há solução militar para este conflito. A diplomacia deve prevalecer”.

⚠️ Risco de escalada

Com o Irã prometendo retaliações “proporcionais”, cresce o temor de um conflito de maiores proporções que envolva outros países da região e até milícias aliadas a Teerã, como o Hezbollah, no Líbano, e os Houthis, no Iêmen. Grupos xiitas no Iraque já ameaçaram atacar tropas norte-americanas caso novos bombardeios ocorram.

📍Conclusão

A ofensiva militar dos EUA contra o Irã abriu uma nova fase de instabilidade no Oriente Médio. A firme condenação de potências como Rússia e China demonstra o risco de internacionalização do conflito, com o sistema global pressionado a evitar uma escalada descontrolada. O momento é de tensão máxima, e o futuro da segurança na região dependerá da capacidade de negociação — ou da insistência na força.

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